quarta-feira, 19 de março de 2025

ONU ALERTA QUE A GUINÉ-BISSAU ENFRENTA DESAFIOS CLIMÁTICOS CADA VEZ MAIS SEVEROS

O programa da Organização das Nações Unidas (ONU) alertou, hoje, que a Guiné-Bissau enfrenta desafios climáticos cada vez mais severos, que ameaça os meios de subsidência da população, a economia e o próprio território.

“A Guiné-Bissau enfrenta desafios climáticos cada vez mais severos, que ameaça os meios de subsidência da população, a economia e o próprio território nacional”, diz Alessandra Casazza, representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), na abertura da primeira reunião do comité de pilotagem do projeto: “Reforço da Informação Climática e Sistemas de Alerta Precoce para um Desenvolvimento Resiliente ao Clima e Adaptação às Mudanças Climáticas na Guiné-Bissau”.

Segundo a diplomata da ONU, “a dependência dos recursos naturais torna a Guiné-Bissau particularmente vulnerável a fenômenos extremos como secas, inundações e elevação do nível do mar. Neste contexto, o fortalecimento dos serviços hidrometeorológicos e a melhoria dos sistemas de alerta precoce são essenciais para permitir a implementação de medidas eficazes de adaptação e prevenção de desastres”.

No entanto, o ministro do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática, Viriato Cassamá, diz na ocasião que “nenhuma nação pode enfrentar sozinho a crise climática, a cooperação internacional desempenha um papel crucial na construção da resiliência global e local”, afirma Cassamá.

O governante assegurou por outro lado que, o executivo guineense “continuará a trabalhar para fortalecer as parcerias multilaterais e bilaterais, aprofundando o diálogo com os mecanismos financeiro internacional a fim de garantir os recursos e assistência técnica para consolidar uma Guiné-Bissau mais segura, resiliente e preparada para os desafios das alterações climáticas”.

Em relação ao projecto, Viriato Cassamá, afirma que o seu sucesso “depende do empenho conjunto de todas as partes envolvidas, e da colaboração activa e comprometida para o bem da população”.

O projeto foi lançado em setembro do ano passado (2024) vai contribuir, para o desenvolvimento resiliente ao clima e adaptação às alterações climáticas na Guiné-Bissau (PRODOC), e conta com seis milhões de dólares americanos do Fundo Global do Ambiente (GEF, na sigla inglesa), e 600 mil dólares americanos do “Fundo Track” do PNUD.

O projeto terá a duração de cinco anos, ou seja, vai ser executado entre 2024 a 2029, pelo Ministério do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática, em colaboração com o Instituto Nacional de Meteorologia e a direção-geral dos Recursos Hídricos, com assistência técnica do PNUD.

Texto & Imagem: Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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