quarta-feira, 29 de março de 2017

ENTIDADE FISCALIZADORA DO MAR DA GUINÉ-BISSAU QUESTIONA CONCLUSÃO DA GREENPEACE



A Fiscap, entidade de fiscalização e controlo das atividades de pesca na Guiné-Bissau, questionou hoje as conclusões da organização ambientalista Greenpeace segundo as quais 90 embarcações estão atualmente a pescar ilegalmente nos mares guineenses.

Tomas Pereira, diretor técnico da Fiscap, disse hoje, em conferência de imprensa, que os dados revelados pela Greenpeace - que teve um navio nas águas da Guiné-Bissau durante quatro dias - são pouco claros e carecem de confirmação.

A Greenpeace - cujo navio se encontra em digressão por vários países da costa ocidental de Africa em promoção da fiscalização da pesca - revelou ao Presidente guineense, José Mário Vaz, que 90 barcos estão a pescar sem licença nas águas da Guiné-Bissau.

José Mário Vaz, que visitou na terça-feira o navio da Greenpeace no porto comercial de Bissau, afirmou que já sabia desses dados mas agora recebeu a confirmação por parte de uma organização mundial.

O líder guineense defendeu que "alguém está a ganhar" com a atividade ilegal dos barcos quando o país inteiro vai perdendo já que não recebe os recursos que deviam entrar para os cofres públicos.

José Mário Vaz indicou que o país perde escolas, hospitais, estradas e ainda deixa de acudir as necessidades de muitos cidadãos por falta de recursos que acabam por ir parar aos bolsos de pessoas que não identificou quem são.

Mas, disse que medidas serão tomadas para mudar aquela realidade.

Em conferência de imprensa hoje, o diretor técnico da Fiscap disse não pretender desmentir as informações avançadas pelo chefe do Estado, "até porque o Presidente pode ter uma fonte fidedigna" mas questionou os dados apresentados pela Greenpeace.

Tomás Pereira adiantou que a Fiscap vai averiguar "para poder comprovar" se de facto existe esse número de barcos em pesca ilegal no mar da Guiné-Bissau.

Para já, Tomás Pereira diz não aceitar que uma organização sem vocação e conhecimento das atividades de fiscalização possa saber mais do que técnicos que "há muitos anos" estão no que afirma ser "um trabalho patriótico".

Conosaba/Lusa

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