A Liga Guineense dos Direitos Humanos acusou a polícia de Bissorã, no norte da Guiné-Bissau, de ter assassinado, a tiro, dois reclusos que alegadamente estariam a tentar evadir-se da prisão.
Os detidos estavam acusados de furto de roubo do gado bovino.
Num comunicado publicado na sua página na Internet, a Liga diz que o caso ocorreu hoje e que o autor dos disparos, que atingiram mortalmente os dois suspeitos, alegou que os encontrou a tentarem evadir-se e que um deles agrediu um dos agentes de serviço.
Segundo a polícia, o suspeito tentou retirar, à força, a arma das mãos do agente que o abateu.
Os suspeitos, dois homens, de 23 e 27 anos, naturais de Bula, no centro da Guiné-Bissau, encontravam-se detidos em Bissorã por ordens do tribunal regional local.
A Liga exige a imediata abertura de um inquérito, que quer "transparente e conclusivo", para que se apurem as eventuais responsabilidades criminais do agente que baleou os dois reclusos.
A organização diz que os agentes da esquadra de Bissorã são reincidentes em práticas de "abuso do poder", tendo em conta casos semelhantes ocorridos no passado.
A Liga pede ainda uma investigação para apurar as circunstâncias em que cinco armas de fogo, de uso do exército, foram parar às mãos de ladrões que acabaram por ser apanhados pela Guarda Nacional, na região de Bula.
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