sexta-feira, 17 de março de 2017

«DJAMBACATAM» MINISTRO DA JUSTIÇA DA GUINÉ-BISSAU DIZ NÃO TER PROVAS DAS ACUSAÇÕES FEITAS PELOS EUA SOBRE TRÁFICO DE DROGAS



Rui Sanhá desconhece informações dos EUA que consideram o país um narco-Estado

O ministro da Justiça da Guiné-Bissau disse desconhecer as informações que levaram as autoridades americanas a considerar que o país continua a ser um narco-Estado.

"O Departamento norte-americano pode ter as suas informações. Eu não sei donde é que saiu com essas informações (...), nós, enquanto governantes da Guiné-Bissau, não temos nada ainda que nos prove", revelou Rui Sanhá a jornalistas em Bissau na quinta-feira, 16.

Sanhá, que disse desconhecer o relatório dos Estados Unidos, adiantou, no entanto, que a Polícia Judiciária está a averiguar a situação do tráfico de droga no país, mas reiterou não ter “nenhum dado em concreto sobre o aumento ou envolvimento de algumas pessoas no tráfico de drogas”, embora o seu Governo, como qualquer outro, esteja preocupado com o flagelo da droga.

EUA acusam

No seu Relatório Anual Sobre Estratégia para o Controlo Internacional de Narcóticos, divulgado na semana passada, o Departamento de Estado americano revelou que a Guiné-Bissau continua a ser um “narco-Estado”, em que traficantes de drogas “infiltraram as estruturas do Estado e operam com impunidade”.

O documento fez notar que o Chefe de Estado-Maior da Força Aérea, Ibraima Papa Camara, permanece no seu posto, apesar de ter sido designado como estando envolvido no tráfico de drogas.

Para os americanos, este facto “indica que destacadas entidades do Governo continuam envolvidas no comércio de drogas e sublinha a amplitude da cumplicidade com traficantes de drogas ao mais alto nível”.

O documento lembra existir um mandado de captura contra o antigo Chefe de Estado Maior das Forças Armadas, António Indjai, por tráfico de drogas e terrorismo.

"Com cinco governos diferentes na Guiné-Bissau nos últimos 15 meses, o país fez poucos progressos para mitigar as condições que levaram a que fosse classificado como um 'narco-Estado'", concluiu o relatório.

Conosaba do Porto/Voa

Djambacatam

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