Guiné-Bissau de "braços abertos" para acolher guineenses expulsos de Portugal

 

Ministro dos Negócios Estrangeiros guineense, Carlos Pinto Pereira, afirmou que Bissau está preparado para acolher guineenses que tenham os pedidos de residência negados. © https://fmm.io/12Dz

Bissau – O governo da Guiné-Bissau manifestou disponibilidade para receber os seus cidadãos que possam ser afectados por recentes medidas de expulsão anunciadas por Portugal. Em declarações prestadas esta terça-feira, 6 de Maio, o ministro dos Negócios Estrangeiros guineense, Carlos Pinto Pereira, garantiu que a Guiné-Bissau está preparada para acolher guineenses que tenham os pedidos de residência negados.

A reacção do responsável pela diplomacia guineense surge depois de se saber que cerca de 4.579 guineenses, com pedidos de residência indeferidos, vão ser notificadas para sair de Portugal. À margem de um encontro com uma delegação da União Europeia, o chefe da diplomacia guineense abordou a questão com serenidade, sublinhando o respeito pelas decisões soberanas de outros países.

“Se houver situações, quer em Portugal ou em qualquer outro país, os cidadãos guineenses podem regressar a casa”, garantiu o ministro, reforçando o compromisso do Estado com os seus emigrantes.

O ministro dos Negócios Estrangeiros guineense, Carlos Pinto Pereira, disse compreender “perfeitamente aquilo que cada país tem ao nível dos compromissos que assume no quadro comunitário em que se enquadra”, lembrando que decisões semelhantes estão a ser tomadas noutras regiões do mundo. “É natural que assim aconteça”, afirmou. “Está a acontecer na Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), em África, na América. Em todo o lado está a acontecer”, acrescentou.

O governante reforçou, ainda, a importância de que as migrações ocorram de forma legal e organizada, para proteger os direitos dos migrantes e facilitar a integração. “É de facto importante que a emigração se faça num quadro legal, que as pessoas possam ser recebidas da melhor maneira nos países para onde se dirigem”, concluiu.

Por: Lígia ANJOS

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