sábado, 10 de maio de 2025

DSP: "Este regime tem a consciência de que está no fim e vai cair"

 

Rádio Capital Fm

O presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, disse esta sexta-feira (09.05), acreditar que o atual regime guineense vai acabar e que o mesmo já tem a consciência de que "está no fim e vai cair".

Num vídeo de pouco mais de dez minutos, partilhado na sua página de Facebook, no qual abordou os assuntos da atualidade na Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira diz-se esperançoso em relação à queda do regime que está a dirigir a Guiné-Bissau.
"Este regime tem a consciência de que está no fim e vai cair. Se prestarem a atenção à comunicação de alguns dos seus elementos internos, vão perceber de que há alguns que estão a arranjar o caminho para que, na hora de prestação de contas, venham a dizer que não sabem de nada nem participaram em nada", disse o líder político, que, mais uma vez, lançou o desafio ao povo guineense.
"Só o povo é que tem a soberania para dizer basta e recusar tudo que não seja da sua escolha livre, sem condicionalismo", refere Domingos Simões Pereira que ainda teve tempo para voltar a abordar a questão das forças armadas guineenses e visar novamente o Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, Biague Na N'tan.
"Queremos pedir ao nosso Chefe de Estado-Maior [General das Forças Armadas - Biague Na N'tan] que nos garanta que todas as armas e equipamento militar que estão na Guiné-Bissau estão sob o seu controlo. Se nos garantir isso, não serei o único a dormir tranquilo, ele e todos os guineenses vão dormir tranquilos", começou por dizer.
"[Biague Na N'tan] falou-nos de militares que estão a formar-se em alguns países e até deu o exemplo de países onde temos gente a formar. Mas perguntamos-lhe se todos os jovens mandados para a formação foram a sua escolha ou dos ramos [militares]? Nós temos informações de que não é só na Guiné-Bissau que pessoas foram recrutadas para a formação e para depois integrar as nossas estruturas [de defesa]. Mas se ele nos garantir que não é assim e que todos que estão fora passaram por nosso escrutínio, nós também vamos ficar tranquilos", desafiou antes de abordar a situação no seio do PAIGC.
"Estou a falar do meu partido, tendo lá pessoas a dizerem que vão realizar o congresso [extraordinário] e tomar a conta do partido. Conhecem os Estatutos [do PAIGC] muito bem e alguns deles participaram na sua elaboração e sabem que as leis do país não os acompanham e sabem que estão a pisar a Constituição da República", disse.
Domingos Simões Pereira está fora do país há três meses, mas anunciou o seu regresso breve à Guiné-Bissau, para prosseguir com a atividade política.
Por CFM

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