O governo de iniciativa presidencial, liderado por Rui Duarte Barros, anunciou esta quinta-feira, 01 de maio de 2025, a efetivação de 9.117 novos ingressos nos setores da saúde e educação, como também que, no âmbito da reforma do quadro remuneratório da administração pública, está em curso a unificação da grelha salarial e proposta de aumento do salário mínimo para o ano 2026.
A medida do governo para a efectivação dos novos ingressos da saúde e educação, bem como o aumento de salário para o próximo ano foi revelada pela ministra da Função Pública, Reforma Administrativa, Emprego, Formação Profissional e Segurança Social, Mónica Buaro da Costa, durante a celebração do dia internacional dos trabalhadores, que se assinala a 1° de maio, que este ano é celebrado sob o lema “União, Disciplina e Trabalho”, através de uma cerimónia realizada ao largo da Câmara Municipal de Bissau, com desfile das profissões.
A governante assegurou na sua comunicação que o executivo vai trabalhar na atualização de quadro orgânico do pessoal e as plantilhas de setor da defesa e segurança, como também vai ser adquerido o sistema de controlo electrónico de presençasem substituição do livro de ponto. E anunciou que o governo vai atribuir 150 bolsas de formação profissional à jovens guineenses para Cabo Verde, o Reino de Marrocos e Portugal.
Buaro da Costa disse que o executivo está comprometido com a garantia do trabalho digno e a promoção do crescimento económico do país, razão pela qual tem trabalhado nos últimos anos para reduzir a taxa de desemprego, particularmente o desemprego jovem e não só, como também priorizou a formação e qualificação de jovens, através da formação profissional.
O titular da pasta de Comunicação Social, Florentino Fernando Dias, em representação do chefe do Governo, Rui Duarte Barros, explicou na sua intervenção que a celebração da data é uma oportunidade para o governo exprimir a sua consideração e o seu reconhecimento aos trabalhadores guineenses por seu contributo para a promoção e desenvolvimento do país e do bem-estar colectivo.
Afirmou que a Guiné-Bissau é um país rico em potencial humano e recursos naturais, razão pela qual só pode alcançar o desenvolvimento pleno quando todos os trabalhadores, de campo a cidade, do setor público e privado, tiverem oportunidades dignas, salários justos e proteção social assegurada.
“GOVERNO NUNCA RESPEITOU O SINDICATOS NEM OS TRABALHADORES QUE SÃO CRIADORES DE RIQUEZAS” – CGSI-GB
Para o Secretário da Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau, Central Sindical, Malam Li Baldé, o exercício do direito sindical na Guiné-Bissau exigede cada um deles um esforço titânico. Tanto os dirigentes sindicais como sindicalistas, são tidos ou vistos como inimigos ou adversários do governo no poder.
Sublinhou que desde os primórdios da implementação do regime democrático em 1991, os governantes nunca respeitaram os sindicatos e seus associados que são trabalhadores e únicos criadores da riqueza do país.
O sindicalista disse que apesar das lutas sindicais em todas áreas do trabalho, neste país a condição da vida dos trabalhadores e trabalhadoras, continua a ser péssima sem poder de compra, levando toda a vida a mendigar para poder assegurar a si e a própria familia.
Baldé adiantou que é preciso continuar a luta para a dignificação da classe trabalhadora, por isso deve haver união, solidariedade e confiança mútua entre os trabalhadores da Guiné-Bissau, onde cada trabalhador deve acreditar e ter confiança na organização sindical a que pertence, bem como os seus respetivos dirigentes.
Por: Aguinaldo Ampa
Conosaba/odemocratagb.
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