domingo, 4 de maio de 2025

Acordo prevê eliminação de implicação militares na política


Os partidos congregados nas duas principais Coligações políticas PAI-TERRA RANKA e API -CABAS GARANDI comprometem no Acordo Político [Acordo de Paris] “encetar ações específicas para eliminar a implicação das forças de defesa e segurança no processo político, assegurando eleições livres, justas e democráticas”.

No documento a posse de de Capital News este sábado, 3 de maio, as duas Coligações políticas lideradas pelo Domingos Simões Pereira e Nuno Gomes Nabiam, as partes acordaram “a criação de mecanismos de coordenação técnica e supervisão do programa conjunto, garantindo eficácia, transparência e unidade de ação”, assim como “encetar diligencias politicas no sentido de constituir uma força única de coligação global de combate ao regime”.

O acordo assinado em Paris a 25 de abril último, prevê ainda criação de “uma Comissão Técnica com vocação para a elaboração do perfil de um eventual candidato único para as eleições presidenciais assim como de formas de colaboração dos respetivos partidos nas eleições legislativas”.

Os signatários do documento, nomeadamente Domingos Simões Pereira de PAI-TERRA RANKA, Nuno Gomes Nabiam, Fernando Dias, Baciro Dja e Jorge Fernandes todos da Aliança Patriótica Inclusiva Cabas Garandi realçaram a necessidade de cria uma comissão, visando “exercer uma maior Pressão e interação com a comunidade internacional parceira para Informação e Sensibilização da opinião publica internacional sobre a realidade politica prevalecente no país”.

Contexto político

As Coligações signatárias apontaram a necessidade para “o restabelecimento do exercício pleno da democracia pluralista através da reabilitação de instituições próprias do Estado de Direito”, que dizem ser desmanteladas pelo Umaro Sissoco Embaló, assim “como derrotar, por via de eleições transparentes, a atual ditadura instalada na Guiné-Bissau”.

“Preocupados com a grave situação política prevalecente na Guiné-Bissau, caracterizada Pelo sequestro dos Órgãos da Soberania, Pelo absoluto desprezo pela ordem constitucional, Pela crescente instrumentalização do setor da defesa e segurança, cada vez mais orientados a se imiscuírem na vida e disputas políticas”, descreveram.

As Coligações criticam “ a ilegitimidade da ditadura instalada, sobretudo quando ela se estende para alem dos limites constitucionais estabelecidos pelo seu mandato”, assim como “a confiscação dos poderes institucionais, legitimamente instituídos, na decorrência do apoio de que ainda beneficia por parte de certos sectores da hierarquia das Forças de Defesa e Segurança nacionais”.

Inquietação política

Após a assinatura do Acordo Político em Paris, a arena política nacional estaria “a ferver” , com os discursos de confrontação entre o poder e a oposição guineense. Os militares e paramilitares atentos perante a encruzilhadas nos quartéis.

O Movimento Para Alternância Democrática (MADEM-G15) liderada pela Adja Satú Camará e outros partidos políticos que apoiam o regime político acusara as Coligações da oposição de planos para um golpe de estado. Tendo nesse xadrez político nacional o chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas a ameaçar “eliminar” indivíduo com intuito de subversão da ordem.

O Ministro do Interior e da Ordem Pública, Botche Candé está durante semana a promover reuniões com oficias e comandante de forças de segurança, tendo na mesma, criticado assinatura de um acordo político em Paris, que receia ser planos para subversão da Ordem.

“Somos adversários dos partidos políticos, e não das forças armadas”, réplica de Domingos Simões Pereira ao chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau.

Simões Pereira num direto na sua rede social Facebook desdramatizou as acusações em como as Coligações políticas da oposição estariam a orquestrar Planos para um golpe de estado.

Por CNEWS
03/05/2025

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