quarta-feira, 18 de abril de 2018

SOCIEDADE CIVIL PEDE A CEDEAO PARA CONTINUAR A ACOMPANHAR SITUAÇÃO NA GUINÉ-BISSAU


A aliança das organizações da sociedade civil guineense pediu à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para continuar a acompanhar a situação na Guiné-Bissau.

A sociedade civil apela à "comunidade internacional, em particular à CEDEAO, no sentido de continuar a monitorizar todo o processo de formação e funcionamento do Governo", pode ler-se, num comunicado hoje divulgado à imprensa.

O Presidente guineense, José Mário Vaz, nomeou segunda-feira Aristides Gomes primeiro-ministro da Guiné-Bissau, devendo o novo Governo ser apresentado brevemente.

No documento, a sociedade civil guineense pede também à Assembleia Nacional Popular (ANP) para "apresentar o fundamento legal que sustenta" a prorrogação do mandato dos deputados.

A comissão permanente do parlamento guineense convocou terça-feira os deputados guineenses para uma sessão extraordinária do hemiciclo para ser eleita a nova direção da Comissão Nacional de Eleições e discussão e votação de um projeto de lei, que prevê prorrogar o mandato dos deputados guineenses, visto que a legislatura termina a 23 de abril.

No comunicado, as organizações da sociedade civil felicitam a nomeação de Aristides Gomes e a mediação da CEDEAO, salientando que se "augura uma nova esperança em termos de normal funcionamento da ANP, do Governo e das diferentes instituições do Estado, criando-se as premissas para a realização de eleições legislativas este ano".

Aristides Gomes, 63 anos, terá como missão a realização de eleições legislativas para 18 de novembro deste ano.

A nomeação resultou das negociações promovidas pela CEDEAO para encontrar um mecanismo que pusesse fim definitivo à crise política que afeta a Guiné-Bissau há cerca de três anos.

Aristides Gomes é o sétimo primeiro-ministro nomeado por José Mário Vaz, eleito Presidente da Guiné-Bissau em 2014.

Sociólogo formado em França, Aristides Gomes, dirigente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), de que chegou a ser primeiro vice-presidente, vai liderar um Governo que terá a missão de organizar eleições legislativas.

Conosaba/DN


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