segunda-feira, 30 de abril de 2018

«NANGA DEFF!» GUINÉ-BISSAU PEDE AJUDA AO SENEGAL PARA COMERCIALIZAR A SUA CASTANHA DE CAJU


Bissau - O presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, reuniu-se hoje com o ministro do Comércio do Senegal, Alioune Sarr, e empresários daquele país, para analisar as possibilidades de os senegaleses comprarem a castanha do caju, principal produto de exportação guineense.

O encontro decorreu no palácio da Presidência, em Bissau, e contou com a presença do novo ministro do Comércio guineense, Vicente Fernandes, que disse aos jornalistas ter-se tratado de "uma reunião preliminar".

"A missão senegalesa veio à Bissau discutir com as autoridades a busca de uma solução para o problema que grassa em relação à campanha de comercialização da castanha, que é o maior produto de exportação do nosso país", disse Vicente Fernandes.

A campanha de comercialização da castanha de caju da Guiné-Bissau foi declarada aberta por José Mário Vaz, a 24 de Março passado, mas até hoje ainda o produto permanece nas mãos dos agricultores.

Os compradores internacionais - indianos e vietnamitas - recusam-se a adquirir o produto pelo preço de referência fixado pelo presidente guineense, 1.000 francos cfa (cerca de 1,5 euros) por cada quilograma no agricultor.

O novo ministro do Comércio, empossado no cargo na semana passada, pretende encontrar uma solução para o problema "dentro de dois dias", a partir das propostas da missão senegalesa, que também é integrada por bancos comerciais.

Os empresários senegaleses deverão apresentar uma proposta às autoridades de Bissau, mas Vicente Fernandes quer incluir nas discussões as associações de agricultores de intermediários da fileira do caju.

O governante disse não ser ainda claro qual o valor em que será comprado o caju da Guiné-Bissau. O importante, frisou, é que o produto seja retirado das matas, antes que comece a época das chuvas em meados do mês de Maio.

A Guiné-Bissau conta produzir, este ano, 200 mil toneladas da castanha do caju e o presidente do país acredita que se for todo vendido, cerca de 400 milhões de dólares estariam a entrar nos cofres nacionais.

Conosaba/angop

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