O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) diz ter tomado diligências para a reintegração dos 15 deputados expulsos do partido para, desta forma, cumprir a sua parte no acordo de Conacri “mas o esforço não se concretizou”
O anúncio feito, esta segunda-feira (15), durante uma conferência de imprensa, onde o porta-voz dos libertadores, João Bernardo Vieira, diz que o esforço demonstra a boa-fé do PAIGC porque já estão “nas vésperas” do fim do prazo dado pela CEDEAO para o cumprimento das obrigações assumidas em Abuja.
“Solicitamos o Tribunal Regional de Bissau para notificar os elementos do grupo dos 15 e o objectivo era informá-los sobre a deliberação das suas reintegrações no partido e as condições criadas para as suas participações no congresso”, explica.
João Bernardo Vieira diz ainda que o partido criou uma delegação que foi para Lomé para informar o presidente em exercício da CEDEAO sobre a última deliberação para a reintegração dos 15 e a mesma missão deslocou-se a Conacri para o mesmo fim.
“Enviamos uma carta registada com aviso de recepção á todos os 13 elementos do grupo dos 15 precisamente para evitar com que, por um motivo ou por outro, alguém negue ter recebido esta carta”, garante.
Entretanto, numa nota de imprensa, também desta segunda-feira, o grupo dos 15, anunciou ter constituído delegações que se deslocaram a Lomé, á Conacri e á Abuja para encontros com o mediador da crise no país e com o presidente da comissão da CEDEAO para “esclarecer” o posicionamento do grupo face as decisões constantes nas resoluções finais da reunião do comité central do PAIGC referente as suas reintegrações.
A delegação é constituída por seis pessoas divididas em grupo de dois por cada país.
Refere-se que na Iª Reunião Ordinária do Bureau Político do PAIGC deste ano, o Comité Central dos libertadores deliberou criar condições para que os deputados dissidentes que queiram participar no congresso do partido e a sua consequente reintegração, mas a partir da nomeação do Augusto Olivais ao cargo do primeiro-ministro à luz do acordo de Conacri.
Dias depois do anúncio os 15, através de uma nota de imprensa enviada á Rádio Sol Mansi (RSM), consideram de triste, deplorável e enganadora a consequente participação do nono congresso.
No entanto, o grupo considera que a intenção do PAIGC serve para “lançar poeira” nos olhos dos militantes do partido, dos guineenses e da comunidade internacional.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba do Porto
Sem comentários:
Enviar um comentário