AGRONEGÓCIO
O desenvolvimento econômico da
Guiné-Bissau pode ser conseguido através de investimento de capital na
agricultura e desenvolvimento das indústrias ligadas à agricultura, ou seja,
agroindústrias que irão sustentar a nossa economia através das quais podemos
fazer investimentos nas outaras áreas de grande relevância no país.
Deste modo, investimento nas
agropecuárias pode gerar grandes vantagens ao país entre elas podemos destacar
acesso a proteína aos consumidores guineenses, emprego as pessoas que vivem nas
zonas rurais, menos dependência aos produtos externos os quais não sabemos dos
processos que lhes originaram. Até agora na Guiné-Bissau não se faz pastagens
artificiais e nem conservação dos alimentos dos animais nas épocas que são
abundantes para serem consumidos na de escassez de água, isto é, época de seca.
Nos países desenvolvidos como
países em vias de desenvolvimento o investimento na agropecuária gera as
receitas significativas nesses países que decidiram reduzir os gastos elevados,
desnecessários quando os produtos forem importados dos países exportadores,
pois se continuarmos a comparar os animais para abate nos nossos vizinhos de
Senegal, Guiné-Conakry, Gambia os nossos agricultores familiares permanecerão
pobres e a nossa segurança alimentar estará supostamente sujeita ao
desmoronamento.
Nós na Guiné-Bissau dispomos de
condições ambientais que nos permitem produzir sustentavelmente milhares de
cabeças de gados por intermédio de manejo adequado dos animais, acesso a
tecnologia moderna ligada a essa área, disponibilizar os técnicos bem
qualificados aos pequenos produtores dos animais, sem esquecer-se das pequenas
e medias empresas produtoras de animais, porém na maioria dos casos elas
exportação aos países parceiros.
É de grande importância que o
nosso governo crie as parcerias com países que estão muitos avançados na
produção viável dos animais os quais têm experiências que poderão ajudar os
países interessados a dispor esse conhecimento aos agricultores ou macro e
micro empresas pecuárias. Não podemos imaginar a divisa que agropecuária gera
para o Brasil que é um dos melhores produtores de carnes no Mundo e podemos
destacar outros países que também são bons nessas áreas como a Índia,
Austrália, EUA, desta forma, adquirir os conhecimentos desses países trará
grandes impactos à economia do nosso país e qualidade de vida dos camponeses.
O agronegócio é um sector que
poderá influenciar muito no crescimento econômico do país comparativamente aos
outros sectores que também dão parcelas no orçamento geral do Estado, no
entanto ele requer planos, projetos sérios, profissionais bem qualificados e também
a participação do governo, isto é, quem irá fazer a fiscalização e promover o
desenvolvimento deste sector.
Existem vários tipos de
agricultura que dão ganhos elevados às micro ou macro empresas os quais são:
produção dos animais, produção de florestas, ou seja, cultivos de grandes
arvores para produção de madeiras, produções de celulose para fabricação de
papel, plantas ornamentais que são as plantas usadas nas decorações das
vivendas, das instituições publicas-privadas, dos jardins das pequenas, médias,
grandes cidades.
Hoje em dia fazer o agronegócio
sem ter pensado no desenvolvimento da irrigação e as tecnologias usadas nela
não terá resultados satisfatórios porque, a irrigação permite ter a produção de
ano todo ( ter mais de um tipo de cultivo por ano, o que não acontece quando
não tem a irrigação), garante empregos permanentes dos jovens evitando que os
jovens saiam de campos para as grandes cidades a procura de emprego, de melhor
qualidade de vida.
Portanto, muitas vezes não se enquadram nas
grandes cidades acabando viver nas zonas periféricas, aumentando problemas
sociais, proliferação das doenças através da elevada densidade demográfica,
pois dificilmente esses problemas irão acontecer desde que sejam criadas as
condições para que os pequenos e grandes agricultores tenham as tecnologia de
irrigação ao seu dispor.
Diversificação da produção
agrícola irá ajudar os nossos consumidores a terem a comida na mesa, diminuindo
a nossa total dependência dos produtos estrangeiros os quais bloqueiam o
consumo dos produtos que os nossos agricultores fazem. Agricultura se faz hoje
em dia por meio de tecnologia de ponta acompanhando as novas tendências que
essa oferece, pois produzir totalmente manual nunca seremos autossuficientes em
produtos agrícolas alimentícios (arroz, mandioca, milho entres outras
cultivares fundamentais na dieta guineense) e produtos agrícolas não alimentícios
(algodão para fabricação de tecidos, a madeira, e couros, carcaça de animais para a fabricação de calçado).
Muitas pessoas confundem os dois
termos agronegócio, agricultura familiar, porém a maioria das pessoas pensa que
um agricultor familiar não pode fazer parte de agronegócio, ou seja,
agronegócio contempla apenas a produção de grande escala, logo os pequenos
agricultores não fazem agronegócio por terem tido as terras aráveis de menor
tamanho comparativamente as grandes latifundiárias.
Por tanto, desenvolver
agricultura familiar e não promover o agronegócio, é lógico que os resultados
satisfatórios não serão obtidos porque, os dois se complementam, isto é, tem
outros produtos que agricultura familiar não terá a condição para pôr a
disposição dos consumidores como, por exemplo, a produção de carnes geralmente
é feita por grandes empresas como um agricultor familiar não terá condição para
produzir ração animal, ao mesmo tempo produzir alimentos para o consumo
familiar é por isso, que são complementares, não antagônicos se forem
integrados esses dois ramos da agricultura.
Levar os projetos credíveis,
seguros aos pequenos agricultores guineenses irá ajudar muito o movimento dos
produtos dos agricultores tanto dentro do país como fora também. No Brasil 70%
dos alimentos na mesa dos consumidores provém da agricultura familiar, em
outras palavras se não fosse agricultura familiar à insegurança alimentar teria
ocupado um lugar de grande preocupação.
Desta forma, o governo da
Guiné-Bissau deve ter em mente que os agricultores precisam de bom preço para poder
manter nos seus campos agrícolas como nos mercados nos quais abastecem os seus
produtos, as politicas públicas voltadas à agricultura, devem considerar agricultura
familiar como um problema que requer as resoluções específicas e não pôr nas
mesmas situações com agricultura convencional a qual na maioria dos casos é
mais voltada para a exportação.
O governo deve criar as leis que
regem o uso dos recursos naturais no agronegócio sendo agricultura é uma das
áreas mais poluidoras do meio ambiente nomeadamente o uso exagerado da água na
irrigação, o mau manejo das terras agrícolas em muitos casos acontece mais com
as grandes empresas que produzem para vender em grande escala o que não
acontece na agricultura familiar. Os dejetos dos animais causam enormes
prejuízos ao meio ambiente por este motivo que o deve levar os inspetores para observarem
atentamente se os produtores estão a cumprir ou não as recomendações feitas
pelas autoridades competentes, no caso não tiverem cumprido que o governo
aplique as multas.
O agronegócio poderá ocupar um
papel importante na nossa balança comercial no caso forem criadas todas as
condições necessárias para os pequenos camponeses, as empresas agrícolas possam
produzir sustentavelmente garantindo o consumo das gerações atuais sem pôr em
causa o consumo das gerações vindouras o qual depende de como estamos a
produzir alimentos sem prejudicar os recursos naturais.
A AGRICULTURA AGROECOLÓGICA NA GUINÉ-BISSAU
A promoção de
agricultura agroecológica pode ser uma grande alternativa para evitar os
problemas que provêm da agricultura chamada convencional vém contribuindo ao
longo do ano na degradação dos recursos naturais como água subterrânea, o ar de
atmosfera, os solos agricultáveis até a extinção dos recursos pesqueiros. Por
conseguinte, este modelo agrícola não se desenvolve sem englobar os
agricultores familiares os quais são protagonistas deste proposito e eles fazem
as práticas agrícolas que vão à conformidade à preservação ambiental,
valorização dos recursos locais, conhecimentos locais.
Fomentar a boa
produção agrícola não passa apenas por produzir em grandes quantidades, competitividade,
porém deve levar em conta as questões de qualidade dos alimentos,
consequentemente a saúde dos consumidores e menos dependências dos insumos
químicos usados no aumento da produtividade.
É claro que os
insumos usados na agricultura industrial (convencional) que não trazem grandes
problemas sociais, ambientais, culturais devem ser postos à disposição dos
pequenos agricultores de modo a permitir uma produtividade mais eficiente, não
obstante agroecologia não requer necessariamente uma agricultura totalmente
manual como muitos têm pensado que é única forma de ter a sustentabilidade
ambiental.
Portanto,
produzir agro ecologicamente os produtos alimentícios agrícolas com boa
rentabilidade não se faz sem a integração dos saberes tradicionais com os conhecimentos
das ciências modernas os quais se relacionam e dependem de uns dos outros. Este
modelo tem como grande prioridade a utilização dos recursos internos como a
forma de economizar a energia consumida durante a produção dos alimentos ao
contrário de agricultura convencional que depende fortemente dos recursos
externos.
Agroecologia
requer que os agricultores produzem os alimentos para o consumo local ao invés
de transportarem os alimentos para as outas cidades longes e muitas vezes perdem até 30% dos alimentos no
caminho por más condições de estradas, por outro lado leva em consideração a
segurança alimentar, a boa nutrição, porque os alimentos vindos das outras
cidades não atendem à demanda da população local, o aumento de preços por conta
de transporte desses alimentos fazendo com que muitas pessoas não têm a
condição de adquirir os alimentos para a sua alimentação.
Os pequenos
agricultores precisam de apoio por parte das autoridades para poderem ter o
retorno dos seus investimentos, ou seja, precisam de assistência técnica, do
credito, dos projetos credíveis para alavancarem os seus estabelecimentos
agrícolas e teria sido como uma forma de reduzir as assimetrias, a pobreza, a
fome nas zonas rurais.
Trabalhar no
campo totalmente agroecológico não é fácil requer muito trabalho porque, o
retorno do esforço despendido não é do dia para a noite que vai efetivar, isto
é, este modelo leva mais tempo para ter retorno do que o modelo convencional e
o mais importante que tenhamos em mente que este tipo de produção custará menos
para as futuras gerações comparativamente a forma predatória de produzir(agricultura
convencional).
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