domingo, 29 de janeiro de 2017

EUA: UMA MULHER ENTRA PELA PRIMEIRA VEZ NAS FILEIRAS DOS RANGERS


Kristen M. Griest, a ser cumprimentada pelo comandante, foi uma das mulheres a fazerem o curso dos Rangers em 2015



 (Si bó fiança propi bó djopoti té Mansoa, nó sta la bem purparado...bagabagas ampakay!!!)

É a primeira militar a integrar as forças especiais. Com ela, passou uma outra mulher num curso em que só se participa com folha de serviços distinta e indicação superior



O 75.º Regimento de Rangers vai ter, a partir da primavera, uma mulher nas suas fileiras pela primeira vez na história. E como oficial. O nome e posto não foram divulgados, mas o que se sabe é que completou com sucesso, em dezembro, o curso de 21 dias destinado a avaliar as capacidades de atuar em condições extremas e situações de combate. Será também a primeira mulher a integrar uma unidade de operações especiais.

Atualmente prestam serviço nas forças armadas dos Estados Unidos 207 308 mulheres, mais 6790 na guarda costeira. Somadas, correspondem a 14,6% do total de efetivos.

A ausência de informações sobre a oficial do 75.º Regimento de Rangers resulta da orientação seguida para "todos os elementos das nossas forças especiais", explicou um porta-voz ao jornal Army Times. "A identidade, área de especialidade e carreira dos nossos Rangers não são divulgados de acordo com a política de segurança em vigor", disse aquele porta-voz.

O curso, designado RASP 2 (Ranger Assessment and Selection Program, Programa de Avaliação e Seleção Ranger), destina-se a oficiais e ao equivalente a primeiros-sargentos no exército português, abrangendo treino de táticas especiais, simulação de missões e utilização de materiais e equipamentos empregues em ações reais. É ainda testada a capacidade de liderança. No RASP 2 só são aceites militares com uma folha de serviço distinta e recomendação superior.

A nova oficial foi uma das três mulheres que fizeram o RASP 2, tendo duas delas passado, só que a segunda com valores que não lhe permitiam aspirar à ambicionada boina e insígnias Rangers. Segundo o Army Times de setembro de 2016, uma mulher tentara mas falhara o RASP 2 em junho deste ano.

Há um outro curso, para sargentos e soldados (o RASP 1), com oito semanas de duração. É esta a porta de entrada para a grande maioria dos efetivos do regimento. O site de notícias militares Task & Purpose, que primeiro divulgou a notícia, descrevia o RASP 1 como um "curso brutal em que, até à data, nenhuma mulher se inscreveu".

A unidade, sediada em Forte Benning, Georgia, foi criada na II Guerra Mundial, e tem participado em todos os conflitos militares em que os EUA têm estado envolvidos desde então. Os Rangers têm atuado em tempos mais recentes no assassínio seletivo ou captura de "alvos importantes" e na realização de "outras operações clandestinas".

Em 2015, três mulheres tinham completado o curso da Escola Ranger em Forte Benning - curso de 61 dias - com sucesso. Em final desse ano, o então secretário da Defesa, Ashton B. Carter, autorizava mulheres em postos de combate desde que passassem nas provas necessárias para o efeito a partir do início de 2016. Donald Trump já deixou em aberto a possibilidade de revogar a decisão.

Um porta-voz do comando das forças especiais do Exército, do qual depende a unidade, explicou que a nova oficial dos Rangers passará àquela que é considerada a primeira força de ataque de infantaria quando terminar a missão na sua atual unidade. É atualmente oficial num regimento de apoio operacional, isto é, especializado em áreas como a engenharia, informações, comunicações, guerra química, entre outras.

Até agora, escrevia a 19 deste mês o The Washington Post, houve militares do sexo feminino em unidades a operar em conjunto com os Rangers, dando o diário americano como exemplo as chamadas equipas de apoio cultural (Cultural Support Teams) que ajudavam as afegãs e recolhiam informações.

A notícia da colocação de uma primeira mulher como oficial dos Rangers surgiu pouco antes de, por seu turno, os marines anunciarem que homens e mulheres das unidades de infantaria vão treinar em conjunto. Como explicou um dos responsáveis do 1.º Batalhão do 8.º Regimento Marine, major Charles Anklam III, ao Marine Times: "Não vamos mudar o nosso comportamento tático ou pôr em causa a coesão de uma unidade ou mudar o que quer que seja para acomodar diferenças de género enquanto estamos em ambiente operacional." Assim, as três primeiras mulheres que entraram no batalhão em janeiro vão comer, dormir e treinar com os elementos masculinos. Para o comandante do batalhão, tenente-coronel Reginald McClam, "quando fiz o juramento de oficial não disse que ia comandar marines homens ou marines femininos, nem marinheiros ou marinheiras. Afirmei apenas que ia comandar marines".

Longe os tempos em que a questão das mulheres em situação de combate era um tema profundamente controverso. Como o demonstra o caso fictício retratado no filme de 1997 G.I. Jane, protagonizado por Demi Moore.

Conosaba/dn






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