quarta-feira, 24 de setembro de 2014

PRESIDENTE DA GUINÉ-BISSAU DEFENDE APOSTA NA AGRICULTURA


José Mário Vaz aproveita 41º aniversário da independência para pedir combate concertado à insuficiência alimentar, "muito pior que a instabilidade política". Deputados instados a criar programa nacional de cultivo do arroz

O Presidente da Guiné-Bissau elegeu o desenvolvimento da agricultura como o principal desafio pelo qual os guineenses devem lutar, no dia em que celebram 41 anos da independência do país. 

Dirigindo-se aos deputados numa sessão comemorativa no parlamento, José Mário Vaz afirmou que, se no passado alguns guineenses pegaram em armas para acabar com a dominação colonial, hoje o desafio é desenvolver a agricultura e acabar com a insuficiência alimentar. O cultivo do arroz, base da dieta alimentar dos guineenses, deve ser o centro das atenções de todos os guineenses, defendeu o chefe de Estado. Uma vez combatida a insuficiência alimentar, muitos problemas políticos serão debelados na sociedade guineenses, sublinhou. "A instabilidade politica não é a causa dos nossos problemas, é uma mera consequência dos nossos insucessos. A insuficiência alimentar também contribui significativamente para a instabilidade", destacou Vaz. O Presidente guineense disse estar pronto "e na linha de frente" para desencadear um vasto programa de produção do arroz no país, tendo para o efeito convidado todos os guineenses, sobretudo os jovens. 

No discurso desta terça-feira, o Presidente disse que valeu a pena conquistar a independência, notando que o país tem hoje mais pontes, mais escolas, médicos, engenheiros e outros profissionais qualificados, ainda que tenha ficado muita coisa por fazer. José Mário Vaz pediu aos guineenses para olharem para o futuro do país com confiança, projetar o futuro coletivo com ambição, mas evitando as fraturas de um passado por vezes sombrio. O líder guineense disse ser necessário "abrir novos caminhos e encurtar a distância" que separa a Guiné-Bissau do resto do mundo. Avisou que vai haver mudanças nas estruturas do poder do Estado, nas Forças Armadas, e que não visarão pessoas em concreto, mas sim dotar o país de meios para se desenvolver. Vaz elegeu também a paz, a estabilização e o crescimento económico como os grandes desígnios nacionais.
rtp.pt

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