segunda-feira, 12 de outubro de 2020

PR guineense exorta empresas a pagarem impostos para ajudar o país a desenvolver-se


Bissau, 12 out 2020 (Lusa) - O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, exortou hoje as empresas a pagarem impostos ao Estado para ajudarem a desenvolver o país, que disse ser o seu principal objetivo.

Sissoco Embaló falava na cerimónia de inauguração do edifício sede da empresa de telecomunicações MTN, uma multinacional sul-africana que opera em mais de 20 países entre África e Médio Oriente.

A construção de raiz do edifício custou à empresa sul-africana cinco mil milhões de francos CFA (cerca de 7,6 milhões de euros), investimento que o Presidente guineense saúda, ao mesmo tempo que exortou a empresa a pagar impostos ao Estado.

O novo edifício da MTN, situado na avenida Combatentes da Liberdade da Pátria, a escassos quilómetros do aeroporto internacional Osvaldo Vieira e Palácio do Governo, tem quatro pisos e vai albergar todos os serviços da multinacional sul-africana, isto é, cerca de 150 pessoas, entre administradores e colaboradores.

"Estamos aqui a inaugurar uma grande obra, o que demonstra que a MTN é parceira da Guiné-Bissau, mas não se esqueçam também de pagar os vossos impostos", sublinhou o chefe de Estado.

Umaro Sissoco Embaló disse que estava a lançar o mesmo repto a todas as empresas e trabalhadores que operam na Guiné-Bissau, incluindo os colaboradores da MTN.

"Só com os impostos é que podemos desenvolver o país", observou Embaló, pedindo ainda à MTN que alargue os seus serviços de telemóveis e Internet para toda a Guiné-Bissau para que "não haja localidades esquecidas".

O Presidente guineense enalteceu o investimento feito pela MTN, prometeu "ser implacável" no combate à corrupção no país e felicitou a empresa sul-africana por ter dado emprego também "a muitas mulheres".

Em representação do Governo, o ministro dos Transportes e Comunicações, Jorge Mandinga, pediu às outras empresas que "copiem o exemplo da MTN" construindo edifícios de raiz e desta forma ajudar a acelerar o desenvolvimento do país, disse.

Juelma Nazareth, do departamento de comunicação da MTN, disse à Lusa que a sua empresa tem hoje na Guiné-Bissau cerca de 900 mil clientes, entre utilizadores de telemóveis e Internet.

A nível da rede móvel dos telefones, a MTN "tem a cobertura de todo o território" guineense, através de mais de 200 antenas e 80% de cobertura do país com serviços de internet 4G, observou Juelma Nazareth.

Ultimamente a MTN tem sido alvo de críticas por parte dos clientes devido aos constantes cortes no serviço de Internet. A responsável da comunicação da empresa disse que compreende as queixas e pede desculpa pela situação.

"Há falhas sim, devido a cortes constantes no cabo da fibra ótica que traz Internet do Gana, passando pela Mauritânia até chegar à Guiné-Bissau. É um cabo longo subterrâneo que de vez em quando sofre cortes", afirmou.

Juelma Nazareth pediu cuidado às pessoas no momento de escavações da terra, sobretudo na zona da fronteira da Guiné-Bissau com o Senegal, por onde passa o cabo até chegar a Bissau.

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