A campanha de comercialização da castanha de caju na Guiné-Bissau arranca na segunda-feira, segundo um comunicado divulgado hoje no final da reunião do Conselho de Ministros guineense.
O Conselho de Ministros decidiu "proceder à abertura oficial da campanha de comercialização da castanha de caju de 2020 no dia 18 de maio em Bissau, sob presidência do primeiro-ministro", refere um comunicado governamental.
No final de abril, o Governo liderado pelo primeiro-ministro Nuno Nabian, nomeado pelo Presidente Umaro Sissoco Embaló, já tinha fixado o preço base de compra do quilograma da castanha de caju ao produtor em 375 francos cfa (cerca de 0,57 euros), mas tinha salientado que só autorizaria a sua comercialização no final do estado de emergência declarado devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus.
A castanha de caju é o principal produto de exportação da Guiné-Bissau, representa cerca de 90% das exportações feitas pelo país.
Mais de 80% da população do país depende direta ou indiretamente da campanha de comercialização do caju.
O Fundo Monetário Internacional tem alertado as autoridades guineenses para a necessidade de diversificar a economia, demasiado dependente deste fruto.
O país produz anualmente cerca de 350 mil toneladas de castanha de caju, embora a exportação não ultrapasse as 200 mil toneladas.
O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, prolongou na segunda-feira o estado de emergência até 26 de maio e decretou o recolher obrigatório entre as 20:00 e as 06:00, bem como o uso obrigatório de máscara, no âmbito do combate à pandemia de covid-19.
Além daquelas medidas, os guineenses também só estão autorizados a sair de casa entre as 07:00 e as 14:00.
O número de casos da covid-19 na Guiné-Bissau aumentou hoje para 913, mantendo-se os três mortos e os 26 recuperados, segundo os dados divulgados pelo Centro de Operações de Emergência de Saúde (COES) do país.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 297 mil mortos e infetou mais de 4,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Conosaba/Lusa
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