Cidade da Praia, 19 Mai (Inforpress) – O embaixador da Guiné-Bissau em Cabo Verde, M’bála Fernandes, apontou hoje situações de fome no seio da comunidade guineense no País, explicando que o alargamento do estado de emergência complicou a vida de todos com as restrições.
M’bála Fernandes fez estas declarações à imprensa, à margem da entrega de doações alimentícias e máscaras a duas mesquitas, na Cidade da Praia, a mesquita da zona de Safende e a do bairro da Achada Grande Frente.
Na ocasião, explicou que os guineenses não são das diferentes das comunidades imigradas, em particular dos cabo-verdianos, indicando que há muita fome e pobreza e o confinamento tem sido uma prática que “lhes fazem ficar cada vez mais um ao pé do outro”, para compartilharem aquilo que têm.
Segundo disse, a embaixada tem recebido muitas solicitações de apoio, entretanto, não têm possibilidades e recorrem a instituições nacionais.
“Temos que reconhecer as instituições como Câmara Municipal da Praia que tem feito nos bairros, sem distinção de imigrantes ou não, de doações e cestas básicas de alimentos para os mais desfavorecidos”, atestou.
Quanto ao registo de casos de infecção na comunidade guineense, o diplomata informou que foram notificados “seis a sete casos” na ilha da Boa Vista, que estavam no hotel Rio Karamboa e hotel Plaza, mas que neste momento só há um guineense em quarentena.
“O nosso contacto tem sido constante com a associação dos imigrantes de Guine-Bissau na ilha, com a equipa criada pela câmara municipal e com o próprio comando da Policia Nacional”, salientou.
Quanto a distribuição dos géneros alimentícios às mesquitas, M’bála Fernandes, referiu tratar-se de uma mobilização da embaixada junto das comunidades religiosas, que neste momento coincide com o período do Ramadão.
Foram entregues sacos de açúcar, sabão para higienização das mãos, lixívia e máscaras, feitas por um guineense, a serem distribuídos, principalmente aos que não têm condições para aquisição dos mesmos.
Destacou ainda que a comunidade guineense “tem estado colaborar” com as orientações das autoridades cabo-verdianas, ao ponto de suspenderem a reza diária que fazem na mesquita, num perdido tão conturbado que é o de Ramadão.
“Nisso estamos satisfeitos, porque a nossa mensagem e a do Governo passou de uma maneira que nós já estávamos a almejar”, finalizou.
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