sexta-feira, 8 de março de 2019

MADEM G15 ASSUME-SE SATISFEITO COM LEGALIDADE DO PROCESSO ELEITORAL NA GUINÉ-BISSAU

O coordenador do Movimento para a Alternância Democrática (Madem), Braima Camará, afirmou hoje que o processo eleitoral na Guiné-Bissau está legal, depois de a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) ter acolhido as críticas de alguns partidos.

"Temos chamado a atenção, tudo fizemos para que haja um processo justo e transparente", afirmou o coordenador de um dos mais novos partidos guineenses, que nasceu a partir de uma divisão do Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau (PAIGC).

"Aquilo que nós exigimos, cumpriu-se: a legalidade da lei eleitoral e da lei constitucional" e não há "interferências nem usurpação das competências" entre a CNE e o Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE), disse Braima Camará, em entrevista à Lusa.

Os "auditores da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados de África Ocidental) fixaram a os cadernos em 761 mil guineenses" votantes, mas depois o "PAIGC quis introduzir mais 170 mil votos", recordou o dirigente.

"Nós chamámos à atenção, mas o tempo é um bom juiz e a comunidade internacional está do lado do Madem e emitiu um comunicado a dizer que aquilo nós sempre chamámos a atenção e que é legal e justo": a fixação dos cadernos eleitorais de acordo com o recenseamento.

As polémicas sobre os cadernos eleitorais duram desde o momento em que foram anunciadas as eleições, depois de um processo administrativo conturbado, com o recenseamento agendado para agosto adiado por vários meses.

A Comissão Nacional de Eleições revogou na quinta-feira a decisão de criar uma lista suplementar de votação para as pessoas que se recensearam, mas cujos nomes não constam nos cadernos eleitorais informatizados.

A decisão da CNE de autorizar listas suplementares provocou reações do Partido de Renovação Social (PRS) e do Madem que consideraram a medida ilegal.

O recuo da CNE vai afetar o voto de cerca de quatro mil eleitores, segundo a instituição.

Conosaba/Lusa

Sem comentários:

Enviar um comentário