sábado, 30 de março de 2019

PM GUINEENSE DEFENDE MAIS INVESTIMENTO NA FILEIRA DO CAJU

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, defendeu hoje que é necessário investir na promoção da fileira do caju do país e que os exportadores já têm uma "ideia clara" da nova taxa de promoção daquele produto.

"Todos os exportadores já têm uma ideia clara do objetivo taxa de promoção do caju. É uma taxa de 15 francos cfa (cerca de dois cêntimos de euro) por quilograma de caju, que vai permitir fazer funcionar a estrutura de regulação do setor do caju, que é a Anca (Agência Nacional do Caju), e ao Governo constituir o fundo de promoção", afirmou Aristides Gomes.

O primeiro-ministro falava aos jornalistas no final da cerimónia de lançamento oficial da campanha de comercialização e exportação do caju, que decorreu no centro de transformação daquele produto, na zona industrial de Brá, em Bissau.

A nova taxa de sobrevalorização do caju, principal produto de exportação da Guiné-Bissau, tem sido contestada pelos exportadores, que são contra parte do dinheiro ser entregue à Anca, que, segundo o presidente da Associação de Exportadores do país, Mamadu Jamanca, não tem prestado contas.

Segundo o primeiro-ministro, a nova taxa vai permitir tratar os pomares e a criação de fundo para facilitar a obtenção de crédito junto dos bancos aos empresários que participam na campanha.

"Todos os países sub-região estão a investir no caju, apesar de termos melhor qualidade, estamos em concorrência e é preciso uma promoção da fileira do caju e por isso é uma necessidade", salientou.

A campanha de caju arrancou hoje com um preço de referência de 500 francos cfa (0,76 cêntimos) por quilograma ao agricultor.

Nas declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro sublinhou também que é necessário explicar aos agricultores o que é um preço de referência.

"Quando o Governo fixa um preço de referência, indicativo, o agricultor pensa normalmente que o Estado fixou um preço obrigatório e que tem a obrigação de impor esse preço aos intervenientes do mercado. É preciso fazer um trabalho para explicar", afirmou, acrescentando que o preço não é fixo e pode ser reduzido ou aumentado.

Conosaba/Lusa




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