Bissau, 29 mar 19 (ANG) - O cantor nacional Justino Gomes Delgado disse que o Estado guineense falhou porque se há palácio de justiça devia haver o palácio da cultura.
Em conferência de imprensa realizada esta sexta-feira, véspera do espetáculo marcado para sábado (30), o cantor disse que cada guineense deve contribuir para fazer que o país tenha uma imagem positiva a nível mundial.
Apelou aos jovens cantores para continuarem a autoformar-se na área da música, pedindo mais civismo para os seus fãs que irão assistir ao espetáculo para que os hóspedes levem boa imagem da Guiné.~
O Diretor-geral da cultura, João Cornélio Correia salientou que a música é um veículo que transmite tudo o que tem a ver com o património cultural e material, considerando o músico Justino Delgado de um dos grandes mensageiros guineenses.
“Desde os trajes, gastronomia e tudo, portanto a maior mensagem que passa na Guiné é da música e o Justino foi o grande mensageiro do país, portanto devemos saber valorizar alguém vivo”, frisou.
Disse ainda que os 40 anos de carreira do Justino são anos de trabalhos e de investimentos feitos para a Guiné-Bissau porque deixou as obras que vão ser um legado para muita gente.
Cornélio Correia disse que espera que espetáculo de “Jujú Delgado” fique na história, “porque é um orgulho manifestar a vitória do artista”.
Para o cantor angolano Maya Cool, é importante que os políticos africanos invistam mais na cultura “porque é a identidade de um povo”.
“ Prefiro englobar a cultura toda, temos grandes talentos em África, aliás como um berço da humanidade sai tudo aqui. Os grandes artistas mundiais têm sangue africano, deve haver mais casas de cultura”, disse o cantor angolano, sustentando que o crescimento da cultura expande uma nação.
Maya Cool lamentou a falta de políticas próprias que incentivem o crescimento da cultura africana a nível internacional.
Conosaba/ANG/DMG//SG
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