O líder do Movimento para Alternância Democrática (Madem) da Guiné-Bissau, Braima Camará, afirmou hoje ter votado para fazer parte "da hora da mudança" e condenou quaisquer atividades criminosas no país como é o caso de tráfico de droga.
Questionado pelos jornalistas sobre a apreensão pela Polícia Judiciária (PJ), no sábado, de cerca de 800 quilogramas de cocaína, Camará espera que o atual Governo assuma as responsabilidades e apresente à justiça os implicados no caso.
"Com o Madem no Governo esta situação não vai acontecer na Guiné-Bissau, definitivamente", defendeu Braima Camará.
Candidato a primeiro-ministro guineense, Camará afirmou que o Madem "tem pessoas competentes" para restituir dignidade "que a Guiné-Bissau merece".
Quanto à votação de hoje, o líder do Madem disse estar confiante na vitória e espera constituir-se "na maior surpresa" na Guiné-Bissau que disse estar na sua hora da mudança.
"Estou convencido que o valoroso e combatente povo da Guiné-Bissau definitivamente vai encontrar o seu caminho", sublinhou Braima Camará, que vinha vestido com um "boubou" (uma grande túnica) branca e um chapéu da mesma cor, indumentária, normalmente, utilizada pelos líderes ou chefes religiosos muçulmanos em África.
Camará não tem dúvidas de que o Madem "vai consolidar a sua marcha histórica", iniciada com a campanha eleitoral, para dar ao povo guineense melhor educação, saúde, agricultura e infraestrutura, entre outras realizações, disse.
O líder do Madem, partido constituído em 2018, por dissidentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) acusou ainda o atual primeiro-ministro, Aristides Gomes, de tentativa de compra de votos de eleitores no leste do país, de onde, disse, aquele ter sido "corrido e humilhado" pela população.
Para Braima Camará "é vergonhoso" a atitude de Aristides Gomes, acusando-o de corrupção eleitoral "ao alto nível".
"Isso não se faz em lado nenhum", observou Camará.
Aristides Gomes foi apupado por jovens e o hotel onde se encontrava em Gabu foi apedrejado por jovens que o acusam de estar a aliciar um grupo de anciões com os quais estava reunido no sábado.
O político negou as acusações e disse ter-se reunido com as autoridades tradicionais de Gabu para lhes pedir apoios para que as eleições decorressem da melhor maneira.
Conosaba/Lusa
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