Donald Trump, recebeu na Casa Branca nesta quarta-feira os líderes do Gabão, Guiné-Bissau, Libéria, Mauritânia e Senegal na Casa Branca. © Facebook Presidência da República da Guiné-Bissau
A Casa Branca em Washington, nos Estados Unidos foi palco de um encontro entre o Presidente dos Estados Unidos e cincos chefes de Estado africanos esta quarta-feira 9 de Julho. Para Donald Trump, este fórum tinha como objectivo reforçar laços económicos, discutir questões de segurança e promover investimentos multilaterais entre os países africanos e os Estados Unidos.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu na Casa Branca nesta quarta-feira os líderes do Gabão, Guiné-Bissau, Libéria, Mauritânia e Senegal para um fórum inédito na Casa Branca.
A reunião centrou-se na cooperação económica, segurança e investimento em recursos naturais, especialmente minerais estratégicos como o ouro e as terras raras como indicou o líder norte-americano.
"Quero agradecer a todos estes grandes líderes por se juntarem a nós aqui na Casa Branca. O vosso continente está representado pelo Gabão, Guiné-Bissau, Libéria, Mauritânia e Senegal. Lugares muitos vibrantes com terras muito valiosas, muitos minerais, muitos depósitos de petróleo e pessoas maravilhosas."
Esta iniciativa visa fortalecer a presença dos EUA em África, num momento em que cresce a influência de potências como a China e a Rússia na região.
O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló que também mantêm uma boa relação com a Rússia enalteceu as relações com os Estados Unidos deixando claro que apoia as diferentes acções diplomáticas americanas, nomeadamente no Médio oriente e no conflito entra Rússia e a Ucrânia.
“A Guiné Bissau é um país da paz e nós contribuímos e queremos acompanhar esta dinâmica do presidente Trump. Uma paz mundial. Somos um pequeno país, mas somos um grande Estado. A nossa teoria não há pequenos estados, grandes Estados, há Estados. E para terminar quero dizer ao presidente Trump que nós estamos a acompanhar a dinâmica da paz entre a Ucrânia e a Rússia, no Médio Oriente, entre Israel e a Gaza. E podes contar com a Guiné-Bissau."
Mamadu Jao, ex-director do Instituto Nacional de Estudos e Pesquiza de Guiné-Bissau (INEP), considera que a diplomacia guineense está a avançar na direcção certa e deve continuar a construir relações comerciais com outras nações.
"A Guiné-Bissau certamente está a ter mais visibilidade, digamos assim, é uma diplomacia agressiva e que em todo caso eu considero muito positivo. O importante é que o país possa tirar proveito desta diplomacia. São décadas, mais de meio século de relacionamento de cooperação para o desenvolvimento, mas isto não tem surtido efeitos no meu ponto de vista.
O apoio ao desenvolvimento se formos a ver grandes projetos, os projetos têm mais retorno para quem diz que apoia do que os verdadeiros beneficiários, que é a população mais desfavorecida. Por isso mesmo, acho que, e sabemos todos relação entre estado não há amigos, há interesses. O problema é que cada parte esteja em condições de ter um posicionamento de forma a poder tirar proveito nas relações de parceria entre os Estados.
Não é só em relação aos Estados Unidos, mas penso que o continente africano deve ter a sua posição, para sair da desta mentalidade de dependência, mas estar posicionado para poder realmente gerir relações de para tirar proveitos 50-50 entre não não só não só em relação aos Estados Unidos, mas em relação a todos os outros Estados, quer do ocidente, quer também estados do Sul."
Trump espera concluir acordos de cooperação económicos com as nações presentes neste fórum depois do encerramento da Agência Americana de Ajuda ao Desenvolvimento que distribuía 40 mil milhões de dólares a diversos países africanos. Um encontro com mais países do continente africano terá lugar em Setembro à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.
Por: Rodolphe de Oliveira/RFI

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