sábado, 12 de abril de 2025

Guiné-Bissau: Liga denuncia mortes por hemodiálise, hospital demente



Hospital Simão Mendes, principal hospital da Guiné-Bissau, Setembro de 2023 em Bissau. © Liliana Henriques / RFI

Polémica na Guiné-Bissau entre a Liga dos Direitos Humanos e o Hospital Simão Mendes. O presidente da Liga, Bubacar Turé, afirma que os pacientes alvo de tratamentos de hemodiálise no hospital acabaram por falecer. A unidade hospitalar desmente a acusação.

Em conferência de imprensa, esta quinta-feira, 10 de Abril, a direcção do Hospital Nacional Simão Mendes desmentiu o presidente da Liga dos Direitos Humanos.

O director interino do hospital, Abel Matar da Silva, garante que ninguém morreu em consequência de tratamentos de hemodiálise no Simão Mendes.

Num outro registo, também na mesma conferência de imprensa, Nelson António Delgado, chefe dos serviços da nefrologia, onde é feita a hemodiálise, admitiu que “um ou dois doentes renais” acabaram por falecer. No entanto, António Delgado negou que as mortes estejam relacionadas com os tratamentos a que os pacientes foram submetidos. Acrescentou, apenas, que poderiam ser doentes renais com outras patologias.

Nelson António Delgado garante que neste momento existem 11 doentes em tratamento de hemodiálise no Hospital Simão Mendes, muitos dos quais em tratamento ambulatório. Todos demonstram melhorias.

O director do Hospital Simão Mendes pediu ao Ministério Público que abra um inquérito judicial para obrigar o presidente da Liga dos Direitos Humanos a apresentar provas da sua denúncia, que considera serem calúnias e difamação.

O centro de hemodiálise, o primeiro na Guiné-Bissau, entrou em funcionamento em Fevereiro passado, graças ao pedido do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, ao reino de Marrocos.

Por: Mussá Baldé
Conosaba/rfi.fr/pt/

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