terça-feira, 15 de outubro de 2024

SOCIEDADE CIVIL DIZ QUE OS GUINEENSES NÃO QUEREM VOLTAR À NORMALIDADE CONSTITUCIONAL “A TODO O CUSTO”


O presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil, Fode Caramba Sanhá, afirmou esta terça-feira, 15 de outubro de 2024, que os guineenses não querem voltar à normalidade constitucional a todo o custo, mas sim com as garantias que depois da realização do escrutínio de 24 de novembro o país conhecerá o fim de todos os sobressaltos políticos.

Defendeu, neste particular, que é preciso fazer um trabalho de base para depois ver se haverá condições favoráveis para realizar as eleições legislativas, num ambiente de tranquilidade, dando garantias a uma legislatura segura durante quatro anos.

Fode Caramba Sanhá falava aos jornalistas à saída do encontro com o chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, na Presidência da República.

Fodé Caramba Sanhá alertou que o país está num período em que se deve ter em conta o contexto atual, nomeadamente a caducidade da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e a falta de clarificação da situação do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), porque “neste momento alguns partidos políticos e coligações já depositaram a suas candidaturas com a expectativa de participar nas eleições legislativas marcadas para 24 de novembro do ano em curso”.

“Entendemos que existe alguma situação que deve ser ultrapassada para que possamos ir para uma eleição de cordialidade, fazendo uma festa da democracia como tem sido habitual na Guiné-Bissau. Viemos partilhar com o Presidente da República esse sentimento, deixando considerações sobre a atual situação no sentido de poder tratar todos os partidos políticos e coligações em pé de igualdade em termos de audição sobre o processo eleitoral para ver se de facto o ambiente é favorável para a realização das eleições na data prevista ou não”, sublinhou.

Fode Caramba Sanhá disse que durante o encontro o Movimento pediu ao Presidente da República a criar que crie as condições que para um diálogo aberto e responsável, ouvindo as preocupações de todas as formações políticas e coligações sobre o processo eleitoral e procurar consensos.

Caramba Sanhá acredita que quando os guineenses querem fazer algo de bom para a nação, conseguem sem problemas, de maneira que a organização que dirige vai continuar a entabular contatos com os atores políticos para que possam falar em sintonia.

“Chefe de Estado está pronto e aberto para que haja um encontro com todos atores políticos nacionais e forças vivas do país. Tínhamos dito no passado que a marcação de eleições legislativas é uma farsa, devido à situação que a Guiné-Bissau vive. Referimos no passado que as coisas tinham que ser alinhadas entre políticos e órgãos de soberania”, advertiu.

Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
Conosaba/odemocratagb

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