segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Avaliação nacional de riscos: O BRANQUEAMENTO DE CAPITAIS REPRESENTA UMA AMEAÇA A GUINÉ-BISSAU


O ministro das finanças, Ilídio Vieira Té, afirmou esta segunda-feira, 14 de outubro de 2024, que o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo representam uma ameaça para a Guiné-Bissau e para a África Ocidental, tornando cada vez mais evidentes e preocupantes, mesmo no contexto dos esforços globais de luta contra estes fenómenos desenvolvidos na última década.

Ilídio Vieira Té falava na cerimónia de abertura do seminário nacional de capacitação para a atualização da avaliação nacional dos riscos de branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo e de proliferação das armas de destruição em massa, realizada num dos hotéis da capital Bissau pela Célula Nacional de Tratamento de Informação Financeira da Guiné-Bissau (CENTIF-GB) e Grupo Intergovernamental da Ação Contra o Branqueamento de capitais na África Ocidental (GIABA).

O governante informou que os relatórios publicados pelo GIABA nos últimos anos, incluindo relatórios anuais, de avaliação mútua e relatórios gerais de pesquisa indicam que estes fenómenos são sustentados por uma série de vulnerabilidades políticas, jurídicas, institucionais, económicas e socioculturais na região. Adiantando que a Guiné-Bissau concluiu a sua avaliação nacional do risco em 2020, cobrindo o período de 2013 a 2018 e utilizou a metodologia do Banco Mundial como base para a sua avaliação.

Por seu lado, o presidente da Célula Nacional de Tratamento de Informação Financeira da Guiné-Bissau (CENTIF-GB), Justino Sá, disse que a realização daquele seminário nacional sobre o lançamento do processo de atualização da avaliação nacional dos riscos vem na sequência do compromisso que o país assumiu ao nível sub-regional e internacional, nomeadamente com o Fundo Monetário Internacional, no que diz respeito à elaboração de uma estratégia nacional de luta contra o branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo em obediência à recomendação do Grupo de Acão Financeira Internacional (GAFI).

“Todos nós temos a perfeita consciência de que a vulnerabilidade da Guiné-Bissau empurra-a para ser um país de alto risco, de crimes organizados e transnacionais, mormente os de cariz económico-financeiro, o branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo. A referida estratégia compromete-nos a melhorar o foco colocado sobre esses riscos atuais e emergentes, mudança para abordagens baseadas no risco para luta contra o branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo”, sublinhou.

Justino Sá advertiu que todos os esforços apenas serão frutuosos e producentes, se houver uma vontade política das autoridades nacionais em face da tomada de consciência dessas autoridades da gravidade e da seriedade desta luta e consequente assunção de um compromisso sério que garanta a estabilidade da economia global, regional ou local, bem como a segurança de qualquer sociedade.

Por: Aguinaldo Ampa
Conosaba/odemocratagb

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