sábado, 2 de dezembro de 2017

GOVERNO DILIGENCIA RETORNO DOS GUINEENSES NA LÍBIA


O Secretário de Estado das Comunidades confirmou, esta quinta-feira (30), que existem cidadãos guineenses na Líbia e, no entanto, o Governo está a criar condições objectivas para os seus repatriamentos. A declaração surge no momento em que existem relatos de assassinatos e de vendas dos migrantes

As informações avançadas apesar da Organização Internacional das Migrações (OIM) adiantar que não há guineenses na Líbia.

Em declarações à imprensa, o Secretario de Estado das Comunidades, Dino Seide, disse que estão o governo está a ser confrontado com a situação de salvar vidas porque o governo tem certeza da existência dos guineenses naquele país de Magreb apesar de alguns estarem a negar as suas nacionalidades.

“Mesmo que seja uma pessoa identificada como guineense iremos trazê-la de volta”, promete.

O secretário de Estado das Comunidades disse ainda que o governo está a criar condições que passam pela identificação e pelo repatriamento dos guineenses e estão a ser criadas condições logísticas para o efeito.

Por outro lado Dino Seide explicou que brevemente vai ser deslocada uma missão à Líbia para fazer o trabalho no terreno acrescentado que o governo não tem representação diplomática na Líbia e as associações de guineenses locais não estão a funcionar por isso estão a fazer contactos esporádicos.

“Uma delegação guineense sai até esta sexta-feira (02) para Argel para se juntar a um oficial guineense para irem ao terreno (na Líbia) ”, explica.

Situação dos migrantes na Líbia também foi um dos temas fortes discutidos na cimeira União Europeia / Africa que decorreu em Costa de Marfim.

Entretanto, a embaixada da Líbia na Guiné Bissau manifesta também a sua disponibilidade em ajudar no repatriamento dos Guineenses na Líbia.

A intenção foi, esta quinta-feira (30), transmitida pelo encarregado de Negócios da embaixada da Líbia no país, numa conferência de imprensa para se posicionar sobre a situação de abusos contra migrantes africanos.

Fathi El Tabawi revelou que a embaixada não agiu até ao momento, porque não tinha informações oficias das autoridades sobre emigrantes guineenses clandestinos detidos na líbia.

Relatos de emigrantes guineenses que saíram da Líbia indicam que actualmente mais cinquenta (50) guineenses se encontram na Líbia em condições desumanas.

Sobre a situação de abusos contra migrantes africanos, o diplomata afirma que o governo de consenso nacional e a embaixada da Líbia na Guiné-Bissau condenam “veementemente” tais práticas que contrariam as leis internacionais, afirmando que os autores destes crimes devem ser identificados e traduzidos a justiça.

El Tabawi chamou ainda atença sobre o perigo da actual situação da crise na Líbia ser explorada pelos bandos criminosos, que aproveitam a emigração clandestina, para recrutamento di emigrantes nas fileiras de terroristas, com a finalidade de servirem como mercenários, e pela comunidade internacional e a União africana no sentido de ajudarem a Líbia no seu combate a este perigo.

Relatos dos guineenses que conseguiram voltar para o país dão conta de vários guineenses no cativeiro e que estão a enfrentar situações desumanas.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolamnsi com Conosaba do Porto

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