Bissau - O Governo da Guiné-Bissau e o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) assinaram hoje, terça-feira, um documento para a atribuição da nacionalidade guineense de pelo menos 10.000 refugiados que se encontram no país.
Os 10.000 refugiados estão há mais de 20 anos na Guiné-Bissau e são provenientes da região senegalesa de Casamança, Libéria e Serra Leoa.
"Possuir uma nacionalidade é essencial para uma plena participação na sociedade e uma condição prévia para beneficiar dos direitos fundamentais do Homem", afirmou o representante do ACNUR na Guiné-Bissau, Mamadu Lamine Diop.
Para Mamadu Lamine Diop, a decisão do Governo guineense é bastante "importante para a comunidade de refugiados" e vai ser acompanhada de um plano de execução e acompanhada por uma comissão técnica.
Presentes na cerimónia de assinatura da Cláusula de Integração Local Definitiva de Refugiados de Longa Duração estiveram vários ministros do Governo guineense, incluindo o primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embaló.
"Hoje é um dia excepcional e muito importante. Eu já fui refugiado e por isso manifesto a minha solidariedade a todos os refugiados do mundo", afirmou o primeiro-ministro guineense.
Nas declarações, Umaro Sissoco Embaló encorajou todos os países a procederem da mesma maneira e a mobilizarem-se no apoio a refugiados.
Anne Marie Landen, representante-adjunta do escritório do ACNUR para a África Ocidental, sublinhou que hoje é um grande dia para a Guiné-Bissau e para os refugiados e para todos aqueles que estão à procura de asilo no mundo.
Acrescentou que este é um exemplo para todos os países. Para a responsável, a Guiné-Bissau fez mudanças e optou por uma solução durável para os refugiados.
"A Guiné-Bissau é um pequeno país, mas pensa em grande. É o primeiro país da região a assumir este compromisso", salientou.
Conosaba/angop
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