sexta-feira, 29 de setembro de 2017

«OPINIÃO» O NOVO CAMINHO DA AGRICULTURA GUINEENSE - Abudu Fati


O meu presente trabalho tem objetivo de mostrar aquilo que deve ser princípios que regem mundo da agricultura, demandando uma mão de obra em grande escala e tentar absorver os desempregados de maneira acentuada, diante disso, vejo que a agricultura é único sector que podemos investir massivamente para aumentar a nossa competitividade econômica no mercado internacional, a partir de processamento de matéria prima dentro do país e não de maneira como fazemos frequentemente vendemos em bruto para depois virmos a comprar mais caríssimo, para tanto terá sido resolvido acesso ao posto do trabalho através de modernização de setor agrário.

Segundo Banco Mundial, a agricultura e a indústria são as duas áreas que mais empregam as pessoas no Mundo, pelas suas pujanças nos mercados internacionais no que se refere à mão de obra qualificada que oferecem as camadas mais desprivilegiadas de quaisquer sociedades do mundo. Para isso, o estado guineense deve criar os projetos agrícolas aos pequenos agricultores que lhes ajudam a criar renda ao sustento da família, dito em outra maneira que o ministério da agricultura não deve obrigar que os pequenos produtores pagassem de volta todos os dinheiros investidos nos seus empreendimentos rurais, no entanto algumas parcelas devem ser isentas.

 Porém, o que mais importa que comecem a empreender os recursos dados pelo Estado, a partir daí terão as condições de gerar rendas através dos seus empreendimentos agrícolas, e, também, fazer com que essa área ganhe o novo olhar tanto por parte dos agricultores guineenses como por parte dos consumidores.

 Trouxe o modelo Brasileiro em matéria de politicas agrárias implementadas por Governo Federal deste país, (PRONAF), o programa de fortalecimento da agricultura familiar esse se destina a apoiar o crescimento e estabilização, da agricultura familiar com credito rural e melhoria de infraestruturas rurais indispensáveis para o bom funcionamento do agronegócio.

 Portanto, como a maior parte dos nossos agricultores não tem as tecnologias ao seu dispor, é necessária a formação dos técnicos agrários que vão auxiliar os agricultores a lidarem com novos desafios tecnológicos os quais são indispensáveis para alavancar a nossa agricultura. O avanço da agricultura e uma boa produtividade nesse preciso momento requerem aquisição de novas tecnologias, porém esses arranjos devem adequar à realidade socioeconômica de cada um dos agricultores, tendo em conta o custo elevado que o agricultor paga quando usa as maquinas que não correspondem a sua realidade econômica.

Por exemplo, na Índia, China não dão aos pequenos agricultores as maquinas mais sofisticadas que tiram o emprego da população, pois sabem bem que esses instrumentos criam vários problemas ligados ao desemprego, é por isso que esses empreendedores rurais dispõem de maquinas mais acessíveis, ou seja, precisam muito de mão de obra para dar o complemento a essa tecnologia.

O Estado guineense deve propor que os filhos dessas pessoas, ou seja, incentivá-los a fazerem quaisquer formações vinculadas ás ciências agrárias e criar mecanismos sólidos que os fazem perceber a pertinência de ter uma formação vinculativa ao sustento da família, a partir disso, atividade agropecuária passa ser naturalizada no país. Por conseguinte, as boas ações de todos os indivíduos que dirigem as politicas agrícolas devem ser priorizadas para que objetivo venha se realizar, levando em conta que agricultura depende fortemente das questões climáticas e ter a preservação dos recursos naturais como a meta ambiciosa. Esses cuidados que definirão o sucesso dessa área proeminente a uma economia estável de qualquer país desenvolvido ou em vias de desenvolvimento.

 Portanto, é evidente que o Brasil se tornou um dos maiores produtores de produtos agrícolas nos últimos 15 anos através do avanço do sector agropecuário, com a introdução de novas tecnologias, a formação dos agentes que nele atuam e, criar uma boa relação entre agricultor, indústria (agroindústria), distribuição, e as empresas fabricadoras de insumos agrícolas tais como defensivos e adubos químicos, sementes melhoradas, maquinas que adequam com a realidade dos nossos agricultores, e consequentemente boa transação deve ser garantida por estado através de inspetores habilitados nessa área.

É de conhecimento de todos guineenses que a nossa nação pode ser grande potencia regional (CEDEAO), através da exploração da terra levando em consideração, os recursos naturais que temos ao nosso dispor nos favorecem a emergir a nossa economia de uma maneira mais solida que nunca. Trago esse notório exemplo de projeção da agricultura moçambicana, alguns agricultores desse país que já se formaram os seus filhos como médicos, doutores, enfermeiros, engenheiros e muitas outras áreas acadêmicas, tudo isto, deriva dos rendimentos ligados aos campos agrícolas.

Esses resultados se sucederam bem graças aos bons investimentos que governo daquele país fez, atraindo algumas empresas multinacionais em matéria de agricultura que facilitaram os insumos aos pequenos agricultores como sementes melhoradas, adubos químicos, defensivos de pragas e doenças, compras dos produtos dos camponeses que serão processados nas agroindústrias gerando mais riquezas, empregos, salários que contribuem de forma direta para a estabilização da economia, circulação de bens e serviços do Moçambique.

Toda via, têm alguns males que corroem o modelo dessa agricultura como a má distribuição da terra as empresas multinacionais estão alugar as áreas agricultáveis e fazendo com que com que os agricultores tenham uma pequena parcela da terra, não obstante as autoridades competentes devem cuidar para que esse problema não tenha na agricultura guineense.

Quando quisermos desenvolver a nossa agricultura devemo-nos preparar aos embates que virão nos enfraquecer, é obvio que quaisquer países que lhe dominam há de não querer que estabilize em termos de autossuficiência alimentar, nisso dá para perceber o jogo politico que encurrala a produção dos alimentos no Mundo. Quando as negociações estavam emperradas em 1992, em Washitong os negociadores EUA e UE, conseguiram o fechamento do acordo de Blair House, no qual se baseou o acordo sobre agricultura. O acordo prevê que os países não poderão aumentar a sua produção ao sector agrícola acima do limiar que já existia antes de 1993(John madeley).

Diante disso, percebe-se que Estados Unidos da América e União Europeia tentavam parar as politicas tomadas por países em vias do desenvolvimento, uma vez que eles queriam controlar os mais pobres custe custar, com essa negociação podemos perceber a politica agrícola da Guiné-Bissau deve vir dentro dos nossos pensares e não de outros países que futuramente poderão criar colapso ao nosso modelo. Entretanto, podemos criar as parcerias estratégicas com outros estados que têm modelos atraentes em matéria de agricultura, por exemplo, é normal que exista troca de raças animais, variedades vegetais desde que exista uma boa parceria entre estado Guineense com outros Estados.
O uso de fertilizantes químicos deve ser acautelado por toda a parte do país evitando uma severa contaminação do solo, o ar, e água poderá tornar impropria para o consumo humano. Nos EUA, estima-se que mais de 25% dos poços de água potável contenham níveis de nitrato acima do limite de segurança para o consumo humano, que é de 45 partes por milhão (ppm) (Conway; Pretty,1991).

O problema vigente nos Estados Unidos da América é um assunto sensível para um país como nosso vir a ter futuramente, não dispomos de laboratórios que identificam os metais pesados, a presença de compostos químicos nocivos à saúde humana, pois chegou o momento do ministério da agricultura e do meio ambiente assumirem a sua responsabilidade mediante esse desafio.

É urgente que Estado tome as medidas necessárias amenizando as doenças que poderão vir de mau uso de fertilizantes químicos entre elas são o câncer de estomago, de bexiga, de esôfago e muitas outras doenças que cá não menciono, contudo, o uso de adubos químicos deve ser em função da necessidade de cada terreno agrícola de todo país e com a dose certa sem causar graves problemas ambientais.

É necessário que as autoridades comecem a averiguar as procedências dos produtos agrícolas consumidos no país as quais não sabemos se os processos de produção foram compatíveis a uma boa qualidade de vida, pois o Estado deve estabelecer o laboratório no qual os produtos serão analisados procurando saber a porcentagem de substancias toxica neles.

Por fim, a Guiné-Bissau nunca será independente das outras nações se continuarmos a importar mais que exportar para o estrangeiro e não é permissível que vendemos produtos in natura quando poderíamos processar criando o emprego para os nacionais. Tenho plena certeza que valorizaremos a agricultura só quando acabar os peixes no nosso mar, como os angolanos lembraram agricultura só quando preço do petróleo caiu.

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