terça-feira, 29 de março de 2016

«AGRICULTURA» APOIO DA UEMOA RELANÇA SECTOR DE PESQUISA AGRÁRIA NA GUINÉ-BISSAU


Bissau, 29 Mar 16 (ANG) - A Uniao Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA) esta a apoiar a produção de sementes de cereais, nomeadamente arroz numa extensao de 7 hectares no campo de produção de sementes de cereais, em Contuboel, Leste da Guiné-Bissau.

Segundo constatações da ANG no terreno, sao 10 hectares de produção de sementes. 

O referido campo foi recentemente visitado por uma delegação conjunta da UEMOA, representantes de algumas instituições estatais e membros da Rede de Jornalista para a Integração Económica na União no quadro de uma digressão às regiões de Quinara, Tombali, Bafata e Gabu, locais em qua a UEMOA implementa alguns projectos sociais.

No campo sao produzidos 5 variedades de sementes de arroz além de realização de testes de observação, renovação e selecção de variedades. Aliás, a organização sub-regional financiou também a realização de um inquérito para a recuperação e produção de algumas variedades locais de arroz que estão a desaparecer no cenário produtivo nacional.

A maioria das sementes produzidas no campo de Contuboel possui um ciclo de 125 dias.

Ainda no quadro dos apoios aos países membros, UEMOA doou a INPA(Instituto Nacional de Pesquisa Agrária), em Contuboel duas moto-bombas, igual número de moto-cutivadoras e uma máquina descascadora, através dos quais se apoiam os habitantes locais e os mais de 330 membros da associação dos agro-multiplicadores de semente de Contuboel.

Para o presidente do INPA, Simão Gomes, "é como uma lufada de ar fresco" os apoios da UEMOA, que permitiram que hoje se proceda, por exemplo, a produção de arroz "N`pam-n`pam" na época de seca.

Gomes disse esperar que, com os meios postos a sua disposição, sejam capazes de, num futuro próximo, poderem prosseguir com as suas acçoes sem necessidades de "estar a pedir aqui ou acolá".

O INPA, segundo Simão Gomes, foi criado em 1977 e tinha 12 famílias de agricultores e 15 pesquisadores, que produziam mais de 140 hectares, além de 25 mil agricultores enquadrados no referido projecto.

"Estou convicto de que, com a ajuda da UEMOA, iremos voltar para estes tempos áureos", manifestou o Presidente do INPA que exortou o governo a dar mais atenção ao sector de pesquisas.

"Ela é o pulmão central na produção agrícola", destacou Simão da Gomes acrescentando que actualmente no pais "quase" que não existem sementes mas sim "grãos de arroz" e de outros produtos agrícolas.

Adiantou que com o relançamento das pesquisas, graças aos apoios da organização do espaço comunitário, o INPA espera abastecer em sementes à todos os agricultores do pais e espera que todos saiam a ganhar.

Destacou que o país possui condições climatéricas para produzir o suficiente e acabar com a dependência à importação de arroz ou da campanha de castanha de caju para obtenção deste produto, principal dieta alimentar do guineense.

Entretanto, alertou para a necessidade de criação de uma faculdade de agrónoma para formação de novos recursos humanos ligados a área agrícola, porque "dentro de mais 10 anos" não haverá nenhum agrónomo, tendo em conta as suas idades avançadas.

A visita às regiões desta missão permitiu conhecer, de perto, o estado dos projectos financiados pela UEMOA, nomeadamente "Programa Hidráulica Rural - fase I e II, o projecto de co-gestão das pescas de Rias do Sul, de lâmpadas e kits solares levadas a cabo nas regiões, o mercado comunitário em Bantandjan e o centro de produção de sementes melhorados em Contuboel.


ANG/JAM/SG//Conosaba

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