Bissau 07 Mai 15 (ANG) - O Presidente da Republica solicitou aos bancos de Bissau para mobilizarem um fundo de três (3) bilhões de francos CFA para o apoio as mulheres e jovens durante a presente campanha de comercialização da castanha de caju.
O pedido foi feito no decurso de um encontro que manteve quarta-feira com a cúpula do sector bancário nacional, no qual José Mário Vaz detalhou as preocupações da Presidência da Republica face à evolução da situação socioeconômica do país.
O chefe de Estado disse estar consciente de que a injecção do referido montante constituirá o risco de todos os actores políticos, judiciais e económicos e privados do país, mas afirma que devem todos assumi-los mediante medidas de acompanhamento a serem criadas.
“Terei um encontro com as diferentes instâncias judiciais para uma conversa no sentido de participarem neste desafio”, disse Mário Vaz defendendo que os recursos provenientes da castanha de caju não devem continuar a beneficiar só aos estrangeiros em detrimento de nacionais.
Por sua vez, o Director Nacional do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO). João Aladje Mamadu Fadia indicou que há condições prévias a serem preenchidas para que se possa efectuar este refinanciamento da campanha de caju.
Fadia disse que as preocupações levantadas pelo Presidente da República interpelou cada um dos responsáveis dos bancos enquanto cidadãos nacionais e operadores económicos.
“Enquanto supervisor dos bancos e seu refinanciador em caso de necessidades, sem competência para tomar parte diretamente nas operações de credito, vamos contribuir com o encorajamento aos bancos comerciais em termos de criação de um fundo com riscos calculados para assim avançarem mesmo que seja com montantes inferiores ao que foi solicitado pelo Presidente da República”, prometeu.
Para o Vice Presidente da Associação dos Bancos de Bissau, Rómulo Pires o desafio lançado irá merecer uma urgente analise por parte dos banqueiros para ver se poderá ser exequível ainda na presente campanha de castanha de caju.
Conforme Rómulo Pires, antes de precisar o "timing" ou valor a ser disponibilizado do referido montante, os quatro bancos que constituem a associação vão ter que se reunir para depois darem respostas.
“É um pedido com o objetivo de apoiar jovens e mulheres que queiram lançar-se numa determinada actividade econômica durante a campanha de comercialização da castanha de caju e se existem pessoas interessadas em investir naquele domínio é importante não só para essas pessoas mas também para o país”, enalteceu.
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