quinta-feira, 30 de abril de 2015

«OPINIÃO DESPORTIVA» ESTÁDIO LINO CORREIA - (REMODELAÇÃO)

                              
Remodelação estádio Lino Correia não beneficia os clubes de interior do país, pois qualquer clube que se desloca à Bissau esta condenado a partida a perder devido os seus jogadores têm que se adaptar no mesmo dia a condição da relva sintética. Isto se chama desenvolvimento? Não! Chama-se “cultura de mama taco “

Se as outras razões não existissem logo, antes de qualquer plano de desenvolvimento ou remodelação desportivo devem colocar a eles mesmos dois tipos de questões: Primeiro que desporto queremos desenvolver? E como é que vamos desenvolver e daí, elaboram estratégias, delineiam planos, equacionam programas, constroem projectos.

É assim que o Cabo-verde fez, a dez anos atrás, não tinha nenhum campo relvado e hoje, os responsáveis cabo-verdianos conseguiram relvar todos os campos existentes na ilha, o dinheiro da FIFA foi empregue na integra para o benefício do desporto, sabem de antemão que o país que irá ganhar com isso sobretudo, a camada jovem. Actualmente, Cabo-verde é uma das melhores selecções da África devido o bom empenho dos seus dirigentes.

Considero que o equipamento desportivo é um elemento fundamental base material de qualquer política desportiva; ninguém certamente contesta se vê melhores condições nos clubes, que o desporto nos clubes pode ser um dos meios importantes no desenvolvimento dos jovens. E todavia nos quadros das opções possíveis dos jovens, a possibilidade efectiva de praticar desporto não é correspondida na Guiné. Há que procurar corrigir essa situação.

Os jovens terão culpa da nossa visão limitada, da nossa passividade ou entrega à rotina do dia-a-dia, da nossa falta de capacidade de organização ou iniciativa?

Quantas vezes as nossas boas intenções esbarram com a própria incompreensão do real valor de acção de cada um na escala social, do trabalho, ou do desporto, ou com a ausência de perspectiva sobre uma iniciativa relacionada com parte ou o todo do meio envolvente? 

O futuro do desporto depende do espírito de missão dos dirigentes, educadores, não esquecendo que tal ainda encerra o seu exemplo de cidadãos honestos e trabalhadores, espírito de disciplina e de organização, método de trabalho e capacidade de iniciativa, o conhecimento profundo da juventude e dos seus problemas.

O futuro pertence à juventude, aquela juventude que nós desejamos ardentemente que em cada etapa da sua formação consiga mais e melhor do que as gerações antecedentes. Dirigentes, a sua acção sobre a juventude depende da forma como hoje se organizarem desde a compreensão execução de princípios doutrinários, qua a tudo devem presidir, até a atenção sobre o mais ínfimo pormenor de trabalho no terreno desportivo- treino, competições, calendários, relação com órgãos de informação, público, material.

Uma política que despreza a construção de estádios é uma política morta, como uma casa sem vida. Se as «pedras vivas», não constituírem para nós motivo de prioridade, «enriqueceremos» o país, por certo, com «pedras mortas», neste caso, estádios do interior do país sem remodelação, isto é, um desporto desumanizado sem vigor nem solidariedades. 

OBS. Próximo artigo: Empresários Guineenses de Jogadores


Lisboa, 30 de Abril de 2015.

Kecói Queta



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