sábado, 25 de abril de 2015

DSP EM JORNADAS CULTURAIS E CIENTÍFICAS




Por iniciativa do Governo Regional, durante três dias, de 24 a 26 de abril, a cidade de Cacheu estará movimentada com um intenso Programa Cultural e Científico, cujo evento de abertura, hoje, contou a ilustre presença, do Primeiro-Ministro, Sr. Domingos Simões Pereira.
Entre ciclos de palestras, orados pelo Doutor Leopoldo Teixeira Amado, Dr. José da Cunha, Dr. Wilson Barbosa e Dr. Leonardo Cardoso e a Exposição Documental sobre Cacheu (inaugurado pelo Chefe do Governo), haverá muita animação cultural dos diferentes grupos étnicos dos sectores administrativos que compõem a região.

A cerimónia de abertura contou com a presença de várias personalidades: membros do Governo (Ministro da Agricultura, Secretário de Estado da Juventude, Cultura e Desportos e Secretário de Estado do Turismo); conselheiros do primeiro-ministro; corpo diplomático; deputados, diretores-gerais, investigadores do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa), pessoal da administração local, representantes do poder tradicional e população, em geral.

Segundo o Governador de Cacheu, Sr. Rui Gonçalves, que assegura que o “...Governo Regional irá trabalhar no sentido de ser o modelo de uma nova administração pública”, a jornada foi concebida “partindo do pressuposto de que o Estado da Guiné-Bissau e o seu Governo reconhecem na cultura e na ciência um bem comum dos quais todos os seus cidadãos devem usufruir.”

Por sua vez, o Primeiro-Ministro ao usar da palavra, agradece a todos, particularmente os filhos de Cacheu e a família Cardoso, enaltecendo o evento face a importância de se falar da história e da ciência, dizendo: “Este é daqueles momentos, em que o nosso coração vibra positivamente. É exatamente, disso que nós falamos. Quando afirmamos que é chegado o momento de apresentar uma Guiné-Bissau diferente! Uma Guiné-Bissau feita de coisas positivas!” Por isso, este momento “...é algo que nos devemos de orgulhar” e “...Cacheu está de parabéns!” Esperando que aquela iniciativa seja apenas o início, enfatiza em crioulo de que se o país não estivesse a viver em Paz, não tivesse harmonia e entendimento, não seria possível celebrar-se.

Com toda a modéstia que o caracteriza, pede licença aos investigadores para falar da história. Surpreendentemente, deu uma lição de conhecimentos arquivados em Sua fresca memória. Descontraidamente, contou histórias e passadas da vida do quotidiana colonial, que presenciara, enquanto “menino de Cacheu”, que muito cativou a audiência. Numa amistosa graça, fazendo a analogia, entre aquela cidade e as outras regiões, disse: aquilo que defere as pessoas aqui, é quando se juntam só falam da história e da cultura, o que permite evocar locares, acontecimentos, datas, mas sobretudo personalidades, retorquindo, que: “Cacheu é terra de personalidades de várias quadrantes!” Emocionadamente, relembra-se da desenfreada competição, pela qualidade do ensino, travada na época pelos professores Domingos, em Cacheu, Antero, em Cantchungo e Caetano, em Caio, que ao indicarem um aluno seu para o exame, este não tinha outra hipótese senão transitar do ano.
Ao falar das regiões, aproveita para fazer apelo ao trabalho, afirmando de que se realmente, se pretende transforma-las, temos que colocar pessoas competentes, que reúnem condições, na dianteira. Referindo ao desafio, que têm pela frente, disse: “estamos a aguardar qual é a região que nos vai dar oportunidade para convocarmos o primeiro Conselho de Ministros... para discutirmos Plano de Desenvolvimento Regional.” E, contarmos “como ficará a nossa região, dentro de três anos?”

Ao terminar, antes de declarar aberta a jornada, presta uma singela homenagem ao Eng. Agrónomo Leandro, como referencia de iniciativa, de zelo e dedicação nacional, dizendo que seja uma inspiração, como outrora Domingos foi, e que nos permitem compreender algo muito simples: “Nós é que temos que construir a nossa terra... mas sem complexos... de que alguns são cidadãos de primeira, outros da segunda, outros da terceira. Nós todos somos filhos da Guiné, não há etnia e cor da pele... Todos somos guineenses”.

Bissau, 24 de abril de 2015

Carlos Vaz
/Conselheiro de Comunicação e Informação/




























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