Bissau, 25 Fev. 15 (ANG) – Os líderes das bancadas parlamentares do Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo-verde (PAIGC) e do Partido da Renovação Social (PRS), qualificaram a Mesa Redonda sobre a Guiné-Bissau, à realizar-se no mês de março em Bruxelas de “balão de oxigénio” para o desenvolvimento do país.
Em declarações exclusivas à ANG, o líder da bancada do PAIGC, Califa Seide, manifestou a sua esperança sobre o sucesso daquele evento e justificou que o mesmo constitui o ponto de partida para a criação de recursos necessários ao relançamento da economia nacional.
Segundo aquele parlamentar, a Mesa Redonda suscitou expectativas no seio dos deputados da Assembleia Nacional Popular (ANP), porque, caso tenha sucesso, poderão ser mobilizados recursos necessários para a implementação do Programa de Desenvolvimento do país.
Quanto aos trabalhos de preparação, afirmou que o governo tem se empenhado nos preparativos da Mesa Redonda, nomeadamente com a elaboração do programa de desenvolvimento ao médio prazo (2015-2020).
Já ao nível do programa de longo prazo disse que estão sendo consolidadas as bases para se avançar para um verdadeiro desenvolvimento do país, onde a população guineense estará no centro da atenção.
“A fase pós-Mesa Redonda será crucial. Por um lado temos que ter estabilidade política, instituições a funcionar normalmente e um entendimento comum. E tem que haver um clima de estabilidade político que vai permitir aos doadores terem a confiança de disponibilizarem os recursos prometidos ao país”, aconselhou.
Por sua vez, o líder da bancada do Partido da Renovação Social, Certório Biote disse que a Mesa Redonda de Bruxelas é um evento de extrema importância, porque o governo terá a possibilidade de transmitir aos doadores, os seus planos para “salvar” o país da difícil situação em que se encontra.
“O Governo terá a oportunidade de discutir com grandes parceiros, bilaterais e multilaterais de desenvolvimento sobre o país. Daí serão enquadrados e avaliados os projectos apresentados, de acordo com o próprio texto da Mesa Redonda, e caso venham a ser aceites pelos doadores será um balão de oxigénio para o país”, disse.
Segundo o líder da bancada parlamentar da segunda maior formação política do país, essa iniciativa do governo merece um louvor da parte da bancada.
Biote explicou que o país precisa de uma mesa redonda tendo em conta o seu passado turbulento de sucessivos golpes de Estado e várias convulsões.
Conforme aquele responsável político, depois da realização das eleições gerais no país espera-se que o governo realize muitas coisas através dos resultados desta Mesa Redonda.
Certótio Biote disse que, com todo o trabalho realizado no quadro organizacional do evento, deixou-se a impressão de que tudo correrá bem.
Entretanto, considera que não só o governo deve preocupar-se com a Mesa Redonda mas sim a Guiné-Bissau em geral.
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