Os 25 centros da Cáritas guineense, que apoiam mais de 60 mil crianças, dez mil famílias e 320 comunidades por ano, vão contar com o apoio de algumas dioceses portuguesas.
As dioceses portuguesas vão apoiar este ano 25 centros de recuperação nutricional da Guiné-Bissau e, através deles, beneficiar 60.000 crianças e suas famílias.
O apoio é uma resposta ao apelo da Fundação Fé e Cooperação e tem estado a ser anunciado por algumas dioceses, no início da Quaresma.
Numa mensagem sobre a Quaresma, o bispo do Algarve, em comunicado, explica que a renúncia quaresmal deste ano terá um duplo destino, a Guiné-Bissau e o Vicariato da Pedra Mourinha, comunidade necessitada de ajuda para reconstruir a igreja.
Também o bispo do Porto anunciou, no início da Quaresma, um apoio à Guiné-Bissau, "um dos países mais pobres do mundo".
Os 25 centros da Cáritas guineense, apoiam mais de 60 mil crianças, dez mil famílias e 320 comunidades por ano, "e precisam de reforçar equipamentos, infra-estruturas e a formação dos activos humanos”, disse, em declarações à Agência Ecclesia.
Este ano a renúncia quaresmal, acrescentou, vai também reforçar o Fundo Social Diocesano para assim ir "ao encontro dos mais pobres do Porto". O bispo do Funchal, entre outros, já na quarta-feira tinha anunciado também que os fundos da renúncia quaresmal tinham os mesmos objectivos, a Guiné-Bissau e o Fundo Social Diocesano.
De acordo com o comunicado do bispo do Algarve, a renúncia quaresmal do ano passado atingiu mais de 14 mil euros. Nos últimos anos esse contributo tem sido destinado a apoiar famílias atingidas pelo desemprego, tendo sido acompanhados 278 processos e distribuídos mais de 170 mil euros.
Nas mensagens quaresmais os bispos têm citado papa Francisco e apelado à partilha.
"Possa este tempo quaresmal unir-nos no caminho da conversão pessoal, através duma oração mais intensa e de gestos de misericórdia e de caridade para com todos", diz o bispo do Algarve, Manuel Quintas.
No Porto, António Francisco dos Santos alertou para o "oceano de indiferença" que "afoga os mais frágeis e asfixia os mais pobres" da sociedade, e pediu a intervenção solidária dos católicos.
"É preciso despertar o mundo adormecido na globalização da indiferença que se vai impondo na sociedade como paradigma da compreensão das relações entre as pessoas. É este o apelo do Santo Padre na sua bela mensagem quaresmal “Fortalecei os vossos corações”, que nos serve de inspiração", escreve o bispo de Leiria-Fátima, António Marto, na mensagem quaresmal.
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