O Conselho de segurança da ONU aprovou hoje, em Nova Iorque, a renovação por 12 meses do mandato do Escritório Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS).
Depois de uma reunião a 05 de fevereiro, em que foi ouvido o representante do secretário-geral da ONU em Bissau, Miguel Trovoada, a Nigéria elaborou uma proposta de resolução que foi alvo de três negociações na semana passada.
Além de prolongar a missão, que termina a 28 de fevereiro, a resolução aprovada segue as recomendações do último relatório do secretário-geral, divulgado a 19 de janeiro.
A missão sai reforçada em três áreas: apoio ao diálogo nacional de reconciliação, prestação de apoio técnico e estratégico às autoridades nacionais e coordenação dos parceiros internacionais.
O texto pede ainda mais apoio internacional para a missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), referindo que a Nigéria, enquanto maior contribuinte, enfrenta dificuldades financeiras para continuar o trabalho.
Durante as negociações da semana passada, surgiram algumas diferenças entre Angola, que ocupa um dos lugares não permanentes no Conselho de Segurança desde o início do ano, e os outros membros.
O representante de Angola argumentou que as referências na resolução ao tráfico de droga eram desproporcionais e não refletiam a posição do relatório do secretário-geral.
O país lusófono pediu ainda que fossem incluídas mais referências sobre as reformas políticas levadas a cabo pelo novo Governo guineense, numa tentativa de aumentar a confiança sobre o rumo do país.
O Conselho de Segurança entendeu também ser o momento de avaliar as sanções impostas à Guiné-Bissau depois do golpe de Estado de 2012.
O organismo pede na sua resolução que o secretário-geral submeta um relatório sobre estas sanções dentro de seis meses.
Na resolução aprovada, compromete-se em rever estas sanções dentro de sete meses, quando estiver na posse do relatório.
noticiasaominuto
Sem comentários:
Enviar um comentário