Os ministros das Finanças da zona do euro deram luz verde ao acordo que cobre as necessidades financeiras da Grécia para os próximos meses.
A lista de reformas proposta pelo governogrego, que inclui algumas das medidas que constavam do seu Programa de Salónica apresentado às eleições de janeiro, mereceu aprovação do Eurogrupo. Segue-se agora o processo de aprovação pelos países da zona do euro, que em alguns casos – como o alemão, finlandês, holandês, entre outros – obriga ao debate e aprovação parlamentar.
Apesar da lista divulgada não conter a quantificação do impacto de cada uma das medidas, isso não foi entrave à aprovação. No seu parecer enviado aos ministros das finanças da zonado euro, o presidente do Banco Central Europeu diz que “dadas as limitações de tempo, isso é compreensível”. Já o FMI chamou a atenção para a falta de “garantias claras” sobre a vontade do governo levar a cabo alguns aspetos das reformas propostas.
O acordo permite à Grécia cobrir as necessidades de financiamento e manter-se na zona doeuro, e ao mesmo tempo dar início às negociações para um novo acordo com a União Europeia que permita conciliar o crescimento e a resposta à crise humanitária com as exigências do bloco de países liderado pela Alemanha.
Por outro lado, o governo grego ganha também mais tempo para preparar a opinião pública para a eventualidade de uma saída da zona do euro, caso a inflexibilidade demonstrada na primeira fase de negociações deste “acordo-ponte” se mantenha nos próximos meses.
Declaração do Eurogrupo:
O Eurogrupo discutiu hoje a primeira lista de medidas com as reformas apresentadas pelas autoridades Gregas, com base no atual dispositivo, que será mais especificado em pormenor e então acordado com as instituições o mais tardar no fim de Abril. As instituições fizeram saber que numa primeira análise consideram esta lista de medidas suficientemente completa para ser um ponto de partida válido para uma conclusão bem sucedida da revisão.
Concordámos por isso em avançar com os trâmites a nível nacional, tendo em vista atingir uma decisão final sobre o prolongamento até quatro meses do atual Acordo de Assistência Económica e Financeira.
Apelamos às autoridades Gregas para continuarem a desenvolver e aprofundar a lista de medidas, tendo em conta o atual dispositivo, em colaboração estreita com as instituições, de forma a permitir uma rápida e bem sucedida conclusão da revisão.
cartamaior
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