O antigo internacional e capitão dos “DJURTUS”, Bocundji Cá, demitiu-se das funções do diretor executivo das seleções de formação da Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB), uma demissão que ilustra a crise que se vem registando naquela instituição que gere o futebol nacional, sobretudo desde as demissões de Hussein Farath e de Adile Sebastião, ambos ex-vice-presidentes da federação.
A informação sobre a demissão do agora ex-diretor executivo das seleções para a formação da federação consta de uma carta do pedido de demissão entregue ao presidente da FFGB, Carlos Mendes Teixeira “Caíto”, no princípio do mês em curso e que a secção do desporto do Jornal O Democrata consultou.
Na carta, Bocundji Ca disse que a sua saída da direção da federação tem a ver com motivos pessoais, sem no entanto, avançar mais pormenores.
“Eu, Bocundji Cá, por motivos pessoais, venho, através desta carta, comunicar formalmente o meu pedido de demissão e desligamento da federação, instituição com a qual tenho aprendido muita coisa e vários aprendizados, que me aprimoraram profissionalmente”, justificou o antigo capitão dos “Djurtus”.
Cá, que foi um dos grandes nomes da seleção nacional, agradeceu a oportunidade, consideração e confiança que lhe foi dada pela FFGB, durante todo o período em que trabalhou como Diretor Executivo das seleções de formação.
O antigo médio defensivo do Stade de Reims da França alegou motivos pessoais para abandonar o cargo, mas o Democrata sabe que uma das “fortes razões” da saída de Cá da cúpula da FFGB deve-se à forma como está a ser gerida a federação nacional de futebol.
Cá, que é considerado como um dos grandes obreiros da participação da Guiné-Bissau, pela primeira vez, no Campeonato Africano das Nações 2017, disputado no Gabão, vai agora dedicar-se à sua academia de futebol em Bissau.
Nos últimos tempos, tem havido fortes críticas à gestão interna da FFGB e demais atividades que estão a ser levadas a cabo pela instituição.
Depois da participação do país no CAN2021 nos Camarões, onde a seleção nacional foi eliminada na fase de grupos, muito simpatizantes e comentadores desportivos criticaram fortemente o órgão.
Na semana passada, num encontro com a imprensa, o presidente da FFGB, Carlos Mendes Teixeira “Caíto”, desvalorizou as críticas à volta da instituição sob sua liderança.
De recordar que em Janeiro de 2021, o vice-presidente do organismo para área financeira, Hussein Farath, pediu demissão por alegada falta de transparência na gestão dos fundos da instituição. Passados 11 meses, Adilé Sebastião, vice-presidente para a área das Infraestruturas e Cooperação Internacional, também apresentou o pedido de demissão do cargo ao presidente do órgão, Carlos Mendes Teixeira “Caíto”.
Por: Alison Cabral
Conosaba/odemocratagb
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