O Partido Africano para Independência da Guiné e Covo Verde (PAIGC) defendeu esta quarta-feira, 23 de março de 2022, a atualização do caderno eleitoral e a impressão dos cadernos num centro especializado para evitar a duplicação dos dados de recenseamento.
A posição do partido foi tornada pública pelo seu representante Anaximandro Zylene Casimiro Menut, à saída do segundo encontro entre o Ministro da Administração Territorial e Poder Local, a Comissão Nacional de Eleições, o Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) e diferentes partidos políticos.
Para além do PAIGC a maioria dos partidos políticos defenderam um recenseamento eleitoral de raiz e a impressão local.
Segundo Casimiro Menut, o seu partido apostou na atualização por ser a continuidade de todo o esforço que já tinha sido feito no trabalho de recenseamento anterior e porque também um recenseamento de raiz implicará um esforço financeiro dos parceiros.
“É necessário olhar pela dimensão de custos da realização de um recenseamento de raiz”, disse, para de seguida lembrar que no processo anterior o PAIGC tinha apresentado uma proposta de recenseamento de raiz, mas que foi muito contestada pelos partidos políticos.
“A lei permite, se houver necessidade, que se faça uma atualização dos dados biométricos dos que já foram inscritos no caderno eleitoral. É bom permitir, abrir e recolher tudo que for preciso para ter os dados em conformidade”, defendeu.
Para Casimiro Menut, encarar o processo de recenseamento de raiz, para além de estar fora do quadro legal, pode trazer custos imprevisíveis.
Em relação à impressão local, enfatizou que é necessário ter todos os dados limpos, sincronizados para evitar a duplicação e imprimir cartões com melhor qualidade.
O representante do PAIGC afirmou que é possível distribuir os cartões, implicando várias estruturas regionais e setoriais para a sua entrega, mediante a apresentação de um recibo que será emitido ao portador como prova de um ato de atualização de recenseamento eleitoral.
Contrariamente ao PAIGC, o Partido da Unidade Nacional (PUN), defendeu o recenseamento de raiz e a entrega de cartões impressos no local do recenseamento.
Idriça Djaló, presidente do Partido da Unidade Nacional, assegurou que tomando em conta a incapacidade das autoridades em fazer a atualização a tempo e horas, a única opção é recorrer ao recenseamento de raiz e a entrega de cartões localmente.
Idriça Djaló frisou que a lei permite que os cartões sejam entregues na mesa, e a preocupação do seu partido é sobre se todos os kits já estarão sincronizados e se as impressoras estarão a funcionar corretamente, após armazenamento em ambiente de muita poeira na Guiné-Bissau.
“Tendo em conta estes fatos, defendo que os cartões sejam entregues no local, caso haja condições absolutas para não ocorrer duplicação de catões”, indicou.
Por: Carolina Djemê
Foto: C.D
Conosaba/odemocratagb
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