O Secretário-Geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), Júlio Mendonça, criticou a forma como o país tem sido governado e acusou os sucessivos governos de não terem apostado em quadros competentes, por isso é impossível esperar resultados diferentes daquilo que está a acontecer neste momento na administração pública.
Júlio Mendonça proferiu essa acusação esta quarta-feira, 08 de dezembro de 2021, perante manifestantes em frente das instalações da UNTG, depois das forças da Ordem Pública terem interditado, a passagem dos manifestantes, alegando ordem superior. Os manifestantes pretendiam seguir para uma das unidades hoteleiras de Bissau, onde estava a decorrer a sessão parlamentar sobre a discussão e aprovação do Orçamento Geral de Estado de 2022.
O Secretário-geral lembrou que o direito à manifestação e à liberdade de expressão foram conquistados há vários anos.
“Hoje, em pleno século XXI, as mesmas pessoas que ontem marcharam estão a impedir a manifestação dos outros, isso é lamentável”, lamentou Júlio Mendonça.
O sindicalista aconselhou os agentes policiais a recusarem cumprir qualquer “ordem ilegal”, porque se um dia algo de mal acontecer, a responsabilidade cairá sobre ombros dos executores da “ordem ilegal”, como aconteceu com alguns agentes no caso de Bafatá.
“A maior certeza que tenho é que um dia esse país mudará de rumo, com esse pequeno gesto de acordar cada vez mais os guineenses para enfrentarem problemas da desgovernação na Guiné-Bissau”.
Mendonça alertou que, se o país continuar a ser governado nos moldes em que está a ser dirigido pelas atuais autoridades, os guineenses podem esquecer o progresso e o desenvolvimento.
Júlio Mendonça disse que desde 2020 que os sindicatos têm estado a indicar ao governo como deve andar para evitar problemas com os sindicatos e dignificar o povo guineense, mas infelizmente o executivo não levou em consideração essa preocupação dos sindicatos.
O líder sindical frisou que a UNTG nunca desistirá da sua luta para o bem-estar dos trabalhadores guineenses.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
Conosaba/odemocratagb
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