O Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, reagiu hoje ao facto da Assembleia Nacional Popular ter declarado “nulo” o Acordo de Petróleo com o Senegal assinado em outubro de 2020 entre os dois presidentes da república. A posição da estrutura representativa do povo guineense foi por uma resolução aprovada pela maioria dos deputados na sessão da semana passada.
O primeiro magistrado da nação defende que nem na Constituição, nem no Regimento da ANP está previsto que o hemiciclo possa declarar nulo um acordo desse género.
Sissoco Embaló considera que quando o primeiro-ministro recebeu o respetivo acordo devia agendar previamente a sua análise e discussão no conselho de ministros, uma vez que o chefe do executivo não toma decisões sozinho, isto para depois o documento seguir as suas devidas tramitações.
O dossiê de petróleo vem realçar a má-fé existente na busca incessante do poder na Guiné-Bissau, revela o chefe de Estado. Sissoco volta a admitir que não se trata de um acordo de petróleo, já que o país não dispõe de uma reserva desse produto confirmado, e exige certas ponderações a quem queira abordar o assunto da Guiné-Bissau para o exterior.
“Este comportamento da ANP é um teatro. Devemos ter certos cuidados quando falamos do país para o mundo”, disse o presidente da república aos jornalistas quando foi interpelado a analisar a resolução da ANP sobre o dossiê petróleo.
“Este comportamento da Assembleia Nacional Popular terá as devidas consequências”, avisa Sissoco Embaló.
Tais declarações foram registadas hoje no acto da inauguração da nova fábrica de farinha pela empresa West Africa Four, em Bissau.
Recorda-se que o parlamento guineense aprovou, na terça-feira passada, uma resolução em que os deputados deram como “nulo e sem efeito” o acordo entre os presidentes da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, e do Senegal, Macky Sall.
Por Redação
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