O FMI estendeu o alívio do serviço da dívida ao abrigo do Fundo de Alívio e Contenção de Catástrofes (CCRT) para 25 países até abril de 2022, incluindo São Tomé e Príncipe, Moçambique e Guiné-Bissau.
"O Conselho de Administração do Fundo Monetário Internacional aprovou a quinta e última tranche do alívio do serviço de dívida ao abrigo do CCRT para 25 países cuja dívida era devida ao FMI entre 11 de janeiro e 13 de abril de 2022", lê-se num comunicado emitido pelo Fundo.
Entre os 25 países de baixo rendimento que vão beneficiar de um alívio nos pagamentos de 115 milhões de dólares (101,5 milhões de euros) que eram devidos entre janeiro e abril de 2022, estão a Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Moçambique.
No total dos dois anos em que os pagamentos ao FMI estiveram suspensos, ou seja, até abril de 2022, a Guiné-Bissau terá adiado pagamentos no valor de 4,44 milhões de dólares (3,91 milhões de euros), ao passo que Moçambique terá suspendido pagamentos na ordem dos 39,2 milhões de dólares (34,6 milhões de euros) e São Tomé e Príncipe terá diferido pagamentos no valor de 697,7 mil dólares, cerca de 615,3 mil euros).
A iniciativa, lançada logo no início da pandemia, em abril de 2020, "ajuda a libertar recursos financeiros vitais para a saúde, economia e setor social e mitigar o impacto da pandemia de covid-19", lê-se ainda no comunicado, que aponta que, no total, o FMI adiou a receção de pagamentos no valor de 964 milhões de dólares, mais de 851 milhões de euros.
A direção do FMI "notou que o alívio nas obrigações da dívida ajudou os países mais pobres e vulneráveis a libertarem recursos para combater a pandemia e as suas repercussões".
Além disso, conclui-se no comunicado, a direção "encoraja os países elegíveis a continuarem a fazer progressos na implementação de salvaguardas de governação relativas às despesas com a covid-19, e reiteraram a importância da transparência e da responsabilização".
A covid-19 provocou mais de 5,36 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 89 países de todos os continentes, incluindo Portugal.
Conosaba/Lusa
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