O investigador do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP) e Coordenador do Centro de Estudos Ambientais, Bucar Indjai, revelou esta quarta-feira, 08 de dezembro de 2021, que setenta (70) espécies de plantas medicinais foram utilizadas, apenas em Bissau, na prevenção e tratamento da Covid-19”.
Bucar indjai falava na abertura do ateliê de divulgação dos resultados preliminares do estudo “conhecimento local sobre plantas medicinais utilizadas para a prevenção e tratamento do Coronavírus no Setor Autónomo Bissau’’.
Indjai considerou “positivo” o estudo realizado em Bissau no que tem a ver com o saber local sobre quais as plantas utilizadas para prevenção e tratamento do coronavírus.
O estudo, realizado em parceria com a Organização Não Governamental Alemã Tabanka, revelou que mais de duas centenas de entrevistados, de todas faixas etárias e diversidade étnica em bairros de Bissau, utilizaram 70 espécies de plantas medicinais para prevenção e tratamento do coronavírus em Bissau.
“Em termos do saber local e etnobotânica, é um contributo enorme que revela que a nossa comunidade tem muita capacidade e conhecimento sobre a utilização das plantas medicinais”, sublinhou.
O investigador do INEP frisou que no início da pandemia na Guiné-Bissau, houve dificuldades de acesso às informações sobre a utilização de plantas medicinais para prevenção, tanto a nível das autoridades sanitárias quanto às franjas sociais do país.
Apesar do impacto do estudo, o investigador referiu que todas as informações obtidas são ainda preliminares e que não se pode dizer que as estatísticas cobrem a cem por cento, os casos de coronavírus.
De acordo com o inquérito, essas pessoas recorreram e continuam a recorrer às plantas e declaram terem-nas utilizado, tanto para a prevenção quanto paratratamento da covid-19.
“Das 70 espécies de plantas medicinais que foram mencionadas pelos entrevistados, 17 foram mais utilizadas para a prevenção e tratamento de coronavírus: “limão, gengibre, nenebadadje (moringa), alho, badodoce, coobo eucalipto, entre outras” sublinhou e lembrou que todas essas plantas foram “introduzidas e neutralizadas” na Guiné-Bissau.
Realçou que é um passo importante no que concerne ao conhecimento sobre a utilização de plantas medicinais, à semelhança do que está a ser feito em vários países do mundo, que é voltar às origens para ver em que é que as mesmas podem ajudar na luta e no combate ao coronavírus, uma luta e combate que ninguém até agora “conseguiu enfrentar ou vencer”.
Por: Carolina Djemé
Fotos: C.D
Conosaba/odemocratagb
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