terça-feira, 6 de outubro de 2020

POPULAÇÃO DE GUILEDJI SEM ESCOLA E SEM HOSPITAL

A população da sessão de Guiledji, sector de Bedanda, região de Tombali, sul da Guiné-Bissau, vive em isolamento; sem escola, sem estrada alcatroada e sem hospitais de qualidade. Os populares denunciam que são obrigados a pagar em dobro o preço de transporte para Bissau.

Em entrevista à Rádio Sol Mansi (RSM), o porta-voz dos populares de Guiledji, Sidico Sané, disse aquela localidade está sem centro de saúde e a situação da estrada vem piorar ainda mais a situação que prevalece há longos anos.

“As pessoas são transportadas e por cima de tudo são cobrados ilegalmente pela Polícia de Transito”, denuncia.

Os populares denunciam que as grávidas dão a luz no caminho e devido à má condição da estrada acabam por perder a vida.

“Nesta madrugada uma mulher deu a luz no caminho, mas uma das gémeas acabou por morrer porque não conseguiu chegar ao centro de saúde, porque mesmo com viatura não existem condições de transportar os doentes porque a estrada está em péssimas condições”, explica.

Sidico Sani denunciam ainda que são obrigados a pagar mais de 5 mil para transporte à Bissau, o preço da tabela é de 3.000 francos cfa. Os populares denunciam que estão a ser cobrados ilegalmente pela força de segurança instalada no local.

“Peço as autoridades para colmatarem esta situação, porque as autoridades daqui ´Guiledji` fazem o que bem quer e entende, e isso prejudica a população”

Na mesma entrevista à RSM, os populares de Guiledji denunciam que o ensino médio e complementar não funciona há quase 8 anos. O pior é que para este ano, nem o ensino secundário funciona.

O porta-voz dos populares, Sidico Sané disse que a situação é do conhecimento da delegacia regional, mas, mesmo assim, pede a intervenção das autoridades porque o “nível do analfabetismo está a aumentar” e a preocupar a população.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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