O arranque da obra da construção da autoestrada que liga Bissau a Safim, com 8,2 quilómetros, está prevista para o mês de novembro deste ano. Assim, o Governo da República Popular da China, na qualidade do financiador em mais de 15 biliões de francos CFA, quer que as autoridades nacionais reúnam todos os requisitos para que a obra comece mais breve possível.
Esta corrida contra tempo levou com que, na semana passada, mais exatamente no dia 20 de agosto, os técnicos ligados às vias rodoviárias, nomeadamente os Ministério das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo, da Administração do Território e Poder Local, da Energia, dos Transportes através da Direção-Geral de Viação e Transportes Terrestres, do Ambiente, dos Recursos Naturais, entre outras instituições, debateram o assunto dando cada um o seu parecer sobre essas obras.
Segundo a previsão técnica, a autoestrada terá seis faixas de 3,5 metros cada, cuja iluminação estará garantida pela energia fotovoltaica.
Este investimento rodoviário terá dois tunéis, sendo um para os cabos de eletricidade e outro para os tubos de canalização da água, evitando escavar a estrada como tem acontecido noutras avenidas.
Está prevista a construção de várias cabinas para passageiros onde possam esperar os veículos para os seus destinos.
O ministro Fidélis Forbs, em declarações a imprensa, afirmou que este projeto do Governo da Guiné-Bissau tem três prossupostos fundamentais da sua obrigação para o início da construção desta autoestrada que são: validação do projeto chinês pelo departamento governamental competente, o estudo do impacto ambiental e indeminização dos proprietários das casas situadas nos arredores da estrada por parte do Executivo guineense.
Em relação à indeminização dos proprietários das casas, Fidélis Forbs assegurou que este processo já está incluído no Orçamento Geral do Estado (OGE) e que só falta a sua aprovação na Assembleia Nacional Popular (ANP).
No que toca ao início da obra, o governante disse que a previsão feita é entre os meses de novembro e dezembro deste ano, ou seja, no primeiro trimestre do ano 2021. “Depois de todos esses pressupostos, vamos falar com o chefe do Executivo para fazer o lançamento da primeira pedra do início da construção da estrada”.
Relativamente às empresas concorrentes para execução da obra, Forbs explicou que depois de o Governo ultimar todos os requisitos e enviar para as autoridades chinesas, aí o governo de Pequim é que lançará o concurso das empresas concorrentes e, depois de tudo, a empresa vencedora entra em contacto com o Governo da Guiné-Bissau, acompanhado de uma nota das autoridades chinesas que confirma a empresa à qual foi adjudicado a construção da obra.
Texto e foto: Fulgêncio Mendes Borges
Conosaba/nô pintcha
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