Bissau, 28 set 2020 (Lusa) - O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) anunciou hoje que vai instalar pontos de água em 1.500 escolas da Guiné-Bissau, no âmbito dos apoios dados ao combate à pandemia provocada pelo novo coronavírus.
"Na área educativa estamos a apoiar o Ministério da Educação na reabertura das escolas com formação dos professores e diretores, na área do saneamento e da prevenção de doenças. Também vamos instalar pontos de água para lavagem de mãos em 1.500 escolas do país", disse Ainhoa Jaureguibeitia, representante adjunta da Unicef na Guiné-Bissau.
Jaureguibeitia falava no Alto Comissariado para a Covid-19, em Bissau, onde procedeu à entrega de 20 camas hospitalares para o centro de isolamento de pacientes com aquela doença.
As aulas na Guiné-Bissau deveriam ter começado em setembro, mas o início do ano letivo foi adiado para 05 de outubro para serem criadas condições de permanência nas escolas no âmbito do combate à pandemia.
O Alto Comissariado para a Covid-19 vai voltar a reunir-se com o Ministério da Educação esta semana e espera que estejam reunidas as condições para o início do ano escolar.
"É importante que as crianças possam voltar às escolas", afirmou a alta comissária para a covid-19, Magda Robalo.
Segundo Ainhoa Jaureguibeitia, também vão ser instalados pontos de água em 50 centros de saúde de Bissau e das regiões e em 900 aldeias de várias regiões do país.
A maior parte das casas e escolas da Guiné-Bissau não tem água canalizada. Lavar as mãos com regularidades é uma das formas de prevenir a covid-19, além da utilização de máscara e do distanciamento social.
Segundo os dados divulgados hoje pelo Alto Comissariado para a Covid-19, a Guiné-Bissau registou na última semana 38 novos casos positivos, elevando o total acumulado para 2.362, mantendo-se 39 óbitos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão de mortos e mais de 33,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em África, há 35.440 mortos confirmados em mais de 1,4 milhões de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Conosaba/Lusa
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