Bissau, 25 set 2020 (Lusa) - O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, deslocou-se hoje ao Mali para participar na cerimónia de tomada de posse do Presidente de transição do Mali, Bah Ndaw, informou a Presidência guineense.
"O Presidente da República deslocou-se hoje a Bamaco para tomar parte na tomada de posse do Presidente de transição do Mali", refere uma nota à imprensa da Presidência guineense.
Os militares do Mali fizeram um golpe de Estado a 18 de agosto, depondo o Presidente Ibrahim Boubacar Keita, que ocupava o cargo desde 2013, na sequência de várias semanas de instabilidade com protestos e tumultos nas ruas, com multidões a exigir a demissão do chefe de Estado.
Bah Ndaw, antigo ministro da Defesa, foi indicado para o cargo pela comissão criada pela junta militar no poder, liderada pelo coronel Assimi Goita, designado vice-presidente de transição.
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) impôs sanções ao país na sequência do golpe, impondo o encerramento de fronteiras e a suspensão de trocas financeiras e comercias.
A exceção aplica-se aos bens de primeira necessidade, medicamentos, equipamento para tratamento da covid-19, eletricidade e produtos petrolíferos.
A CEDEAO deverá hoje analisar o levantamento das sanções, depois de exigir a nomeação de dois civis para os cargos de Presidente e primeiro-ministro durante o período de transição.
A decisão deverá ser anunciada pelo Presidente do Gana, Nana Akufo-Addo, que assume a presidência rotativa da organização, depois da cerimónia de tomada de posse.
Portugal tem no Mali 74 militares integrados em missões da Organização das Nações Unidas (ONU) e da União Europeia.
Independente desde 1960, o Mali viveu, em 18 de agosto, o quarto golpe militar na sua história, depois dos episódios ocorridos em 1968, 1991 e em 2012.
A CEDEAO é composta por Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.
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