O Ministério da Educação Nacional e Ensino Superior, através do Gabinete de Exames Nacionais, realizou de 31 de agosto a 4 de setembro um ateliê sobre o processo de harmonização de exames nacionais para atores envolvidos no Processo de Harmonização de Baccalaureat, no quadro das diretivas dos Estados membros da União Económica, Monetária e Oeste Africana.
O encontro juntou 55 individualidades, entre coordenadores nacionais de disciplinas, inspetores coordenadores, alguns professores do ensino liceal a nível do Setor Autónomo de Bissau e regiões, bem como diretores-gerais, com o objetivo de capacitá-los no processo de harmonização de exames nacionais.
Durante o encontro, realizado em videoconferência pelos três técnicos contratados pela UEMOA, os seminaristas tiveram oportunidade de conhecer o novo formato da elaboração de provas nacionais de disciplinas contempladas pela BAC-UEMOA, nomeadamente Português, Matemática, História, Geografia, Ciências da Vida e da Terra (CVT). Mais tarde, serão administradas as restantes disciplinas, como a Físico-Química, Filosofia e Inglês.
A cerimónia de abertura foi presidida pelo ministro da Educação Nacional e Ensino Superior, Ariceni Baldé, que na ocasião afirmou que o Governo da Guiné-Bissau, através da instituição que dirige, está determinado em introduzir várias políticas e ações que vão permitir a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem em todos os níveis de escolaridade. Daí a criação do Gabinete de Exames Nacionais e a sua elevação à categoria de Direção-Geral.
Conforme o ministro, os exames finais no ensino secundário existem em todos os países da UEMOA e em muitos outros do mundo. O que varia, pois, é o seu papel, uma vez que em muitos países a sua função principal é a de certificação da conclusão de estudos. “Nos países da UEMOA é usado como instrumento fundamental de acesso ao ensino superior, com exceção, de momento, da Guiné-Bissau. Como membro da União Económica e Monetária Oeste Africana e atendendo às diretivas desta organização sub-regional sobre a harmonização das políticas e, neste particular, no setor do ensino, estamos a trabalhar para que o exame nacional no ensino secundário seja uma regra no nosso sistema educativo e que funcione como prova de ingresso ao ensino superior, tal como é observado em todos os países da UEMOA”, explicou.
De acordo com Baldé, o ateliê teve como finalidade reforçar as capacidades dos atores envolvidos no processo de harmonização do exame do BAC (12.º ano), para que a implementação da iniciativa seja bem-sucedida na Guiné-Bissau. Todas as regiões da área da Educação estiveram representadas naquele ateliê por inspetores coordenadores, coordenadores nacionais de disciplina e professores das disciplinas contempladas no processo da harmonização, o que permitirá, efetivamente, a sua disseminação a nível nacional.
Elci Pereira Dias
Conosaba/nô pintcha
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