Felix Tshisekedi saúda seus apoiantes
Martin Faylu, segundo colocado, também da oposição, denúncia fraude eleitoral e diz que não será roubado
Felix Tshisekedi Tshilombo é o novo Presidente da República Democrática do Congo (RDC) ao obter 38,57 dos votos de acordo com o presidente da Comissão Nacional Eleitoral.
"Tendo obtido 7.051.013 votos válidos, ou 38,57%, é proclamado provisoriamente Presidente da República Democrática do Congo, Sr. Tshisekedi Tshilombo Félix", disse Corneille Nangaa no fim da noite de quarta-feira, 9.
O segundo mais votado foi Martin Faylu, líder de uma coligação opositora, com 34,8 por cento, enquanto o terceiro, o candidato do partido no poder Emmanuel Ramazani Shadary, conseguiu 23, por cento, num total de 18 milhões de votos, que representam 47,6 por cento dos eleitores recenseados.
Nas suas primeiras declarações, Felix Tshisekedi saudou o Presidente a quem chamou de parceiro.
"Eu presto homenagem ao Presidente Joseph Kabila e hoje não devemos mais considerá-lo um adversário, mas sim um parceiro na alternância democrática no nosso país", disse Tshisekedi a uma multidão de apoiantes na reunião na sede da União para a Democracia e o Progresso Social (UDPS).
Caso o Tribunal Constitucional confirmar os resultados num prazo de 10 dias, a chegada de Tshisekedi à Presidência representará a primeira transição política pacífica no maior país da África Subsaariana desde a sua independência, em 1960.
Félix Tshisekedi vai suceder o presidente Joseph Kabila, que está no poder desde que seu pai foi assassinado em Janeiro de 2001.
Martin Faylu denuncia fraude
Entretanto, o segundo candidato mais voltado Martin Faylu criticou o processo como tendo sido fraudulento e pediu à Conferência de Bispos Católicos do Congo que apresente os resultados que obteve da sua equipa de 40 mil observadores lhe terão dado a vitória.
Diplomatas citados pela Associated Press, sob anonimato, confirmam que os dados dos bispos católicos mostram que Fayulu obteve a maioria absoluta dos votos.
"Em 2006, a vitória de Jean-Pierre Bemba foi roubada. Em 2011, a vitória de Etienne Tshisekedi foi roubada. Em 2018, a vitória não será roubada a Martin Fayulu", garantiu o líder da coligação opositora.
As eleições de 30 de Dezembro, com 21 candidatos presidenciais, não se realizaram em todo o território, uma vez que a Comissão Eleitoral decidiu adiar para 19 de Março o cto eleitoral nas cidades de Beni, Butembo e Yumbi, devido à epidemia do Ébola e aos conflitos dos grupos armados.
Conosaba/Voa
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