A Liga Guineense dos Direitos Humanos afirmou hoje que a Guiné-Bissau criou "terreno fértil" para a prática de corrupção com o mau funcionamento da justiça e institucionalização da impunidade.
"Com a falta de funcionamento das instituições judiciárias e consequente institucionalização da impunidade, a Guiné-Bissau criou terreno fértil para a prática da corrupção, acentuando a pobreza e a instabilidade política e governativa", refere a Liga Guineense dos Direitos Humanos, num comunicado divulgado nas redes sociais.
A organização não-governamental reagia ao relatório do Índice de Perceção da Corrupção, divulgado na terça-feira, que coloca a Guiné-Bissau na posição 172 entre 180 países.
Segundo o relatório, a Guiné-Bissau tem uma classificação de 16 pontos num total de 100 e em 2018 caiu da posição 171 para a 172.
"Enquanto as instituições democráticas permanecerem reféns das teias da corrupção, as perspetivas para o progresso e bem-estar social para a população serão difíceis de concretizar", salienta a Liga Guineense.
A organização alerta também que a corrupção, "além de corroer os alicerces da paz", é uma "afronta aos direitos humanos" e o seu combate é uma obrigação de todos.
A análise da Transparência Internacional conclui que existe "uma relação direta entre a corrupção e a saúde democrática global", adiantando que as democracias considerada "plenas" obtêm uma pontuação média de 75 pontos, enquanto as classificadas como "frágeis" têm em média 49 pontos, os chamados regimes "híbridos" 35 pontos e os regimes autocráticos 30 pontos.
O Índice de Perceção da Corrupção, da Transparência Internacional, foi criado em 1995 e é um dos principais indicadores à escala mundial da corrupção no setor público, baseando-se em 13 bases de dados de 12 instituições independentes.
Conosaba/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário