O sindicato de base dos funcionários da Administração Portuária da Guiné-Bissau (APGB) considera de desacato, por parte do governo, a intenção de privatização de porto de Bissau
Em conferência de imprensa, esta sexta-feira (18), Ivo da Silva Cá, presidente do sindicato de base dos funcionários da APGB, afirma terem informações, através de uma fonte, que o contrato da privatização do porto já foi feito tratado e só falta a assinatura.
“A empresa estrangeira vai ficar com 400 trabalhadores se assim for haverá o licenciamento, com isso qual será o destino dos funcionários a licenciar”, questiona o sindicalista.
Ivo da Silva Cá garante que foi acordado um empréstimo assinado, no passado mês de Março de 2018, entre a direção da APGB e o BOAD, num montante de 15 biliões de cfa para a reabilitação das infra-estruturas e modernização dos equipamentos do porto de Bissau, mas que ainda está bloqueado devido a não assinatura da carta de conforto por parte do Primeiro-Ministro na qualidade de ministro das finanças.
“Qualquer país em via de desenvolvimento para executar um projecto de grande envergadura, tem que recorrer ao empréstimo, razão pela qual a APGB celebrou o referido contrato de empréstimo com BOAD”, explica.
O presidente do sindicato de base dos funcionários da APGB, Ivo da Silva Cá, pede ainda o governo para optar em pedir o financiamento junto dos parceiros para a construção dos portos de Buba e de Piquil.
Segundo ele não existe o motivo para privatizar o porto de Bissau tendo outras empresas públicas precisando da privatização, nomeadamente a Guiné-Telecom, o Correios e SOTRAMAR.
Ainda o sindicalista pede a intervenção do Presidente da República junto ao chefe do governo, para que se possa assinar a carta de conforto e fazer com que o montante assinado com o BOAD seja desbloqueado, para a reabilitação das infra-estruturas e modernização dos equipamentos do porto de Bissau.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Anézia Tavares Gomes
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